Dia a dia
AGU quer que empresário do ES pague por prejuízos em atos golpistas
Vafrido Chieppe, de Vila Velha, está preso desde o mês ado por ter fretado ônibus para os atos do dia 8 de janeiro em Brasília

Valfrido também participou de diversas manifestações bolsonaristas no Estado. Foto: Divulgação (Redes Sociais)
A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou na Justiça Federal do Distrito Federal com pedido para que a ação de bloqueio de bens dos acusados de financiar atos golpistas que depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes seja convertido em ação civil pública para proteção do patrimônio público e os envolvidos sejam condenados em definitivo a ressarcir R$ 20,7 milhões ao erário.
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A lista inclui 54 pessoas físicas, três empresas, uma associação e um sindicato acusados de participarem e financiarem os atos que aconteceram no dia 8 de janeiro.
Entre os nomes, está o do empresário capixaba Valfrido Chieppe Dias, preso desde o dia 27 de janeiro. Ele é apontado como o responsável pela do contrato que fretou um ônibus que levou bolsonaristas para atos antidemocráticos em Brasília. O pagamento, no entanto, teria sido feito por outra pessoa.
A empresa Squad Viagens e Turismo LTDA., sediada em Cariacica, e que faz parte do Grupo Águia Branca, chegou a ter os bens bloqueados após aparecer na lista divulgada pela Advocacia-Geral da União (AGU) suspeita de financiar os atos golpistas na Praça dos Três Poderes. Na época, a empresa afirmou que foi contratada por terceiros para fazer o serviço de transporte, não tendo qualquer participação no financiamento da viagem dos ageiros. A Squad não entrou na lista divulgada nesta segunda-feira pela AGU.
A Advocacia-Geral destaca que os acusados “possuíam consciência de que o movimento em organização poderia ocasionar o evento tal como ocorrido”, uma vez que anúncios de convocação já faziam “referência expressa a desígnios de atos não pacíficos (ou de duvidosa pacificidade) e de tomada de poder, fato que demonstra uma articulação prévia ao movimento com finalidade não ordeira, sendo o financiamento do transporte um vetor primordial para que ele ganhasse corpo e se materializasse nos termos ocorridos”.
A peça da AGU lembra que o montante de R$ 20,7 milhões é baseado em cálculos de prejuízos efetuados por Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto, Câmara dos Deputados e Senado Federal.
No total, a AGU já ingressou com quatro ações em face de acusados de financiar ou participar diretamente dos atos do dia 8 de janeiro. Em três delas a Justiça já determinou cautelarmente o bloqueio de bens dos envolvidos para que, em caso de condenação posterior, os valores sejam utilizados para ressarcir o patrimônio público.
