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Bem-estar

A sociedade da felicidade – parte II

Publicado

em

  • Por Flávia da Veiga

Esse texto é a continuidade da coluna da semana ada… Segue o trecho final da primeira parte:

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“…me vi sem casa, sem carro, sem roupa, sem maquiagem. E acredito que perder as coisas que eu achava que significavam a minha felicidade me fez encontrar a depressão. Questionei tudo que era possível: os deuses, o cosmos, a astrologia e, finalmente, a construtora do condomínio. Por que isso tinha de acontecer comigo? As respostas iriam chegar, mas não sem antes eu me mover em direção a elas. Concordei em abandonar o papel de vítima e repensar a vida me fazendo uma pergunta: o que é felicidade?”

A contribuição da ciência para encontrar essa resposta é um dos estudos mais fantásticos do nosso século. A Psicologia se debruçou durante muitos anos sobre as doenças mentais. Mas já era hora de começarmos a dirigir nosso olhar para um outro lado. Pouco a pouco os estudos sobre felicidade estão jogando ao chão diversos mitos, que durante muito tempo foram reforçados pela cultura do consumo, pela educação, pelo sistema que nos ensina competição e individualismo, pela publicidade que diz ‘abra a felicidade com uma garrafa de refrigerante’.

Por ser publicitária, percebo o quanto minha responsabilidade se torna gigante quando o assunto é felicidade. Junto com o capitalismo, a publicidade foi fundamental para construir as riquezas e o mundo que conhecemos hoje. De forma alguma quero desmerecer a publicidade e o capitalismo, mas essa forma já deu, estamos num novo patamar, temos novos desafios, precisamos de um novo capitalismo, que vá além do lucro e uma nova publicidade, que vá além de vender produtos e serviços. Precisamos que ambos ajudem a construir um mundo melhor.

Hoje assumo cada vez mais esse papel de deixar claro que encontrar a felicidade é buscar dentro da gente mesmo esse caminho que só é possível ser construído de forma diária, com novas atitudes e hábitos que fortalecem nossa sensação de bem-estar. De forma nenhuma quero dizer que você deve deixar de comprar coisas. O que não pode é achar que trocar de celular, comprar um carro novo ou renovar o guarda-roupa irão garantir sua felicidade. No início desse texto falei sobre uma parcela de 40% que compõem a felicidade (corresponde à fatia de nossa felicidade que temos o poder de mudar por meio de novos hábitos e atitudes). Esses 40% dependem unicamente da sua forma de repensar a vida, ter uma nova consciência sobre o que é ser feliz e sobre agir para que ela se torne parte de você.

  • Flávia da Veiga é colunista do ES360