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Portal disponibiliza obra completa de Machado de Assis para

São mais de 10 romances, cinco coletâneas de poemas, 200 contos e mais de 600 crônicas, além dos trabalhos do autor como crítico

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Portal com obra completa do Machado de Assis. Foto: Reprodução

Pesquisadores do portal Domínio Público (a biblioteca do MEC) e do Núcleo de Pesquisa em Informática, Literatura e Linguística (Nupill), da Universidade Federal de Santa Catarina, homenagearam uma das figuras mais emblemáticas da literatura brasileira com a Coleção Digital Machado de Assis, disponibilizando a obra completa do escritor (1839-1908) para gratuito.

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Divididos em oito categorias, são 10 romances, cinco coletâneas de poemas, 200 contos e mais de 600 crônicas, além dos trabalhos do escritor como crítico literário – ele, por exemplo, teceu comentários aos textos “Notícia da Atual Literatura Brasileira: Instinto de Nacionalidade” e “Eça de Queirós: O Primo Basílio”, famosa crítica que escreveu sobre o autor português.

Além dos textos de Machado, há teses e dissertações de acadêmicos sobre a sua obra, textos de autores de sua época (Euclides da Cunha e Rui Barbosa, por exemplo) e informações da vida pessoal do carioca, que também era jornalista e dramaturgo.

Entre os clássicos disponíveis no site estão “A Ressurreição”, escrito em 1872; “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de 1881, “Dom Casmurro”, de 1891, e “Memorial de Aires”, publicado no ano de sua morte, em 1908.

Para ter o gratuito ao conteúdo completo é só fazer um cadastro no sistema, informando dados básicos de identificação. Todos os materiais podem ser baixada em formato PDF no site, por qualquer pessoa.

No exterior

Em junho deste ano, o autor virou centro de debate de muitos leitores, tanto brasileiros quanto estrangeiros: “Memórias Póstumas de Brás Cubas” ganhou uma nova edição nos Estados Unidos – chamado de “The Posthumous Memoirs of Brás Cubas” –, com a tradução de Thomson-DeVeaux e prefácio assinado pelo escritor norte-americano David Eggers. E, logo após seu lançamento, foi reverenciado em crítica da revista New Yorker, assim como em outros veículos de imprensa do país. A tiragem esgotou em apenas um dia.

Eggers, no prefácio, diz que o romance é um dos livros “mais espirituosos já escritos” e que quase não foi lido por falantes da língua inglesa no século 21. Mas que agora, no entanto, o mundo começou a redescobrir Machado de Assis, sobretudo pelo seu tom “mordaz e melancólico, autodilacerante e romântico”.