Cult
Finest Hour leva várias faces do jazz para o projeto “Espírito Som”
O repertório do grupo na live contemplará desde o jazz até a bossa nova. Saiba como assistir

Banda Finest Hour e seus integrantes. Foto: Divulgação
“Parece que a palavra ‘jazz’ virou um tipo de xingamento há anos”, diz o vocalista da banda Finest Hour, Gilson Muniz. É difícil, porém, se esquivar dela ao descrever o show que o grupo preparou para o projeto de lives “Espírito Som”, marcado para esta quinta-feira (20), às 18h50. Artistas da noite capixaba há mais de 15 anos, eles não têm medo de afirmar que os estereótipos em volta do gênero são página virada e buscam provar, no palco, que a música deve ser ível para todos.
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Essa paixão pelo jazz começou ainda nos anos 1990, quando Gilson frequentava o bar Jazz Café, em Vitória, onde os shows acústicos já eram muito comuns. Ele era o revendedor de vinhos da casa e amigo do sócio, Carlos Augusto Calmon – pianista do Quarteto JB, uma das pioneiras do jazz instrumental no estado. Certo dia, tamanha amizade extrapolou as paredes do bar e foi parar no estúdio que Carlos Augusto tinha dentro de casa.
“Nossos papos sobre jazz tomaram uma proporção tão grande que ele me convidou para ir até sua casa. Na hora em que cheguei lá, vi um estúdio montado no meio da sala, com todos os instrumentos que eu mais sonhava. Fiquei encantado. Nisso, fomos amadurecendo a ideia de ter uma banda, já que tínhamos a estrutura necessária. E ali nasceu o Finest Hour”, conta Gilson, que também é publicitário de formação.
A formação inicial da banda contava com Gilson, Carlos Augusto, Fábio Calazans, Paulo Sodré e Mário Ruy. Desses integrantes, Gilson e Fábio (guitarra) estarão na apresentação desta quinta-feira, além de Roger Bezerra (piano), Kako Dinelli (contrabaixo) e Rafael Pinheiro (bateria). A transmissão ao vivo acontecerá na TV Capixaba – aberta por satélite para todo o estado –, no Youtube e no portal ES360.
O repertório da banda concentra-se todo em releituras de jazz, mas com um toque especial da bossa nova. Juntos, eiam pelas obras de Frank Sinatra, Tony Benett, Paul Young e Dean Martin. Algumas outras interpretações também costumam fazer parte da setlist, incluindo uma versão blues da banda de rock The Police.
“Nosso show é bem eclético, mas o foco do Finest Hour são reinvenções de músicas dos anos 1980. Tentamos pôr uma pegada mais brasileira nelas e mostrar que a bossa nova está mais viva do que nunca. Ela é o jazz do Brasil”, afirma o vocalista.
Pandemia
Sem fazer apresentações há mais de quatro meses por causa da pandemia, o grupo fez apenas uma live durante a quarentena, para ajudar a Associação Renascer de Vila Velha. Por coincidência, a apresentação também marcou o aniversário de Gilson, que completou 51 anos na data. “Precisava cantar para tocar os corações das pessoas em casa, seja com comida, seja com o nosso som. No fim, conseguimos arrecadar 22 cestas básicas para crianças e idosos com necessidades especiais. Foi sensacional”, relembra.
Agora, no entanto, eles quem precisam de ajuda do público para continuar sobrevivendo à crise. “amos por vários apertos, não dá para negar. O Roger, nosso pianista, teve que fazer uma série de lives durante esses meses para angariar fundos. Os músicos estão sofrendo muito neste momento”.
“Temos já um pessoal que curte muito o nosso som, e estamos esperando essa turma na live para gente poder virar a página e voltar aos palcos o quanto antes”, acredita Gilson.
O Finest Hour se apresentou no Festival de Jazz de Santa Teresa, em 2016 e 2018; no Clube do Jazz da Curva da Jurema, em 2017; em festivais de Pedra Azul e em eventos corporativos e casamentos. Para saber sobre a banda, basta ar os seus canais no Instagram, Facebook e Youtube.
