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Vitória tem menor média de casos de covid desde abril

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Ainda não dá para celebrar o controle total sobre a pandemia, mas os números do final de semana consolidaram a tendência de queda nos  casos e óbitos causados pela covid-19. Entre os maiores exemplos da redução está Vitória: a capital registrou média móvel de 33 casos no sábado e 37 no domingo. Esse patamar havia sido atingido pela última vez nos últimos dias de abril. Veja, em azul, a curva da média móvel em Vitória.

Quadro mostra curva de média móvel de casos de covid-19 no estado. Reprodução: Sesa Covid-19

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Redução na Grande Vitória

Os índices da média móvel das outras cidades da  Grande Vitória também apontam para queda. Em Vitória, a redução de casos nos últimos sete dias foi de 60,46%, na Serra, 43,56%, em Vila Velha, 34,88% e em Cariacica, 21,13%.

Cai o número de óbitos

A covid-19 continua provocando mortes no estado. E todas elas devem ser lamentadas. Mas a doença tem ceifado menos vidas. Neste domingo foram registrados 11 óbitos no estado. A média móvel ficou em 14,14 óbitos por dia. Esse índice foi registrado pela última vez na metade de maio. Veja abaixo, em azul, o comportamento da curva de óbitos no estado.

Quadro mostra curva de média móvel de óbitos pela covid-19 no estado. Reprodução: Sesa Covid-19

Os óbitos na Grande Vitória

A média diária de mortos em Vitória e Cariacica está em 0,71, nos dois municípios. Na Serra e em Vila Velha, a média é de 1,71.

Colatina é epicentro no estado

Na contramão do registrado em quase todos os municípios, Colatina tem aceleração no número de casos. No domingo, dia 16, eles subiram 22,38% e atingiram a média diária de 72 casos. Isso corresponde a mais de 10% do registro médio de todo o estado.

Mudança no mapa

Assim como os casos, a ocupação de leitos por pacientes com covid também tem caído. Por conta disso, o governo deve diminuir a importância desses fatores na hora de desenhar o mapa de risco no estado. A base deverá ser o número de óbitos. Os novos parâmetros deverão ser divulgados nos próximos dias. A tendência é de ampliação do número de municípios considerados em baixo risco, com a normalização das várias atividades ainda hoje limitadas, como é o caso de bares e restaurantes, por exemplo.

Sucessão de absurdos

Beira o inacreditável a sucessão de fatos envolvendo a criança de 10 anos, que ficou grávida após ter sido estuprada pelo tio em São Mateus. A Justiça autorizou o aborto, médicos se recusaram a fazer o procedimento, ela foi levada para Pernambuco. O nome da criança e o local para onde ela estava sendo levada foram revelados pela “ativista” Sarah Winter, aquela, dos fogos contra o Supremo. Grupos religiosos, contrários ao aborto, foram protestar na frente do hospital em Recife. Um dos manifestantes tentou invadir o local. A criança foi chamada de “assassina” pelos manifestantes. A menina era estuprada pelo tio desde os seis anos.

Pressão na família

A pressão de grupos religiosos contrários ao aborto também ocorreu de forma direta, sobre a família da criança. Reportagem de Aline Nunes, de A Gazeta, traz o diálogo gravado entre integrantes de um desses grupos e a avó da criança.

“Deus permitiu uma barbaridade dessas?”

Num determinado ponto, a avó argumenta: “Ela tem 10 anos. É uma criança gerando outra criança.” Um homem rebate: “Mas se tem uma alma ali, foi Deus que colocou”. Uma mulher afirma: “Deus permitiu.” E a avó pergunta: “Deus permitiu uma barbaridade dessas?” A mulher diz: “Permitiu.”

Aborto realizado

O procedimento para retirada do feto foi realizado na noite deste domingo, dia 16.

A afirmação

A gente precisa implementar de vez o Código Florestal. A gente precisa parar de questionar o Código Florestal. É uma lei, foi feita, foi discutida, está aí e precisa ser implementada.”

(Tereza Cristina, ministra da Agricultura, para quem a implementação do código pode ajudar a reduzir o desmatamento na floresta Amazônica.)

Antonio Carlos Leite

Antonio Carlos tem 32 anos de jornalismo. E um tempo bem maior no acompanhamento das notícias. Já viu muitos acontecimentos espantosos. Mas sempre se sente surpreendido por novos fatos, porque o inesperado é a maior qualidade das coberturas jornalísticas. E também da vida...

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