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SUS + iniciativa privada = eficiência
- Marcelo Otávio de Albuquerque Benevides Mendonça
Outro dia, o grande debate da vez foi a (falsa) privatização do SUS. Não quero falar de Bolsonaro e seu decreto, mas sobre saúde pública, um Estado que consiga prover de forma mais eficiente o que prometeu entregar.
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Precisamos usar a razão e analisar a realidade tal como ela é, sem rodeios. A racionalidade traz consciência para debater melhor. Vamos, você, leitor, e eu, juntos, deixar de lado nossas emoções e sentimentos quanto a determinados políticos. Sejamos, todos nós, racionais e vamos debater ideias, não pessoas.
Primeiramente, cabe destacar que a atuação privada é mais eficiente que a pública. Entregar um serviço a uma empresa privada não significa retirar do público, e sim entregar um serviço melhor, amplo e eficaz.
Alguém é capaz de dizer que a concessão da EDP foi ruim? Mais empregos foram criados e há maior o a energia de qualidade (fora o fim dos “apagões”). E a Petrobras? Dizia-se que era do povo. Será? Até hoje não conseguiu trazer resultados do pré-sal, foi saqueada por burocratas e teve milhões gastos com obras superfaturadas que beneficiou “o rei e seus amigos”. E se fosse privatizada, seria tão diferente do avanço que vimos na Vale?
No SUS, a ampliação da atuação privada trará benefícios. O serviço de telecomunicações, por exemplo, cresceu absurdamente quando se livrou do controle estatal, sem falar na maior qualidade e o. E o saneamento básico, até então operado por estatais? Totalmente degradado no Brasil e, em países em que há atuação privada, o mesmo não acontece.
No SUS, temos filas inacabáveis, falta de materiais e leitos, enfim, trata-se de um sistema que não entrega o que deveria. Até podemos ignorar a realidade da ineficiência do serviço público de saúde, mas não podemos ignorar as graves consequências de ignorar a realidade.
A atuação privada no SUS não acabará com a universalização do o à saúde, garantida pela Constituição. Implica, na realidade, utilizar, de forma eficaz, recursos a favor da população. O Estado é ineficiente na gestão das receitas, em especial na saúde.
Imagine um hospital público e um privado. Se você tivesse um voucher para o privado, utilizaria o SUS? Pouco provável! Até mesmo os gestores públicos se socorrem à rede privada. Permitir que o privado explore o SUS, com pagamento pelo Governo, garantirá um o de mais qualidade a todos os que necessitam.
Se podemos evoluir, por que defender o que não funciona?
Sobre o autor

Marcelo Otávio de A. B. Mendonça. Foto: Divulgação/IBEF
Marcelo Mendonça, advogado especialista em operações societárias e empresário, é presidente do Ibef Jovem ES e membro do Líderes do Amanhã.
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.
