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Os números que apontam a redução da pandemia no ES

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É preciso cautela diante dos dados da covid-19, porque não há certeza absoluta sobre a evolução ou involução da pandemia. Mas os dados divulgados no domingo, dia 26, pela Secretaria Estadual da Saúde, permitem enxergar as próximas semanas com um certo alívio e a expectativa de volta à normalidade dentro de algumas semanas. Vamos a eles.

A queda no número de casos

Os dois quadros abaixo mostram a média móvel nos últimos sete e 14 dias. Média móvel é o novo cálculo apresentado no covid da Sesa. Ela leva em consideração o número médio diários de registros da doença e o compara com o registro de períodos anteriores, neste caso, de sete e 14 dias.

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Os números da queda

A média móvel é a linha azul no gráfico. Ela aponta uma redução de 27,83% nos casos em relação ao quadro de uma semana atrás (eram 945 casos diários e agora estamos com 682). E de 29,77% em relação a 14 dias atrás (caímos de 1.158 para 814).

Redução de 33% no número de mortos

A redução nos números é ainda maior nos casos das mortes veja os dois quadros abaixo.

O primeiro quadro mostra, em sua linha mais forte, a média móvel dos últimos sete dias. Em comparação com os registros de uma semana atrás, a redução foi de 33,82% (a média era de 28,14 mortes registradas por dia e o número caiu para 19,29). O segundo quadro traz a comparação com 14 dias atrás. A redução foi de 20,79% (caiu de 30,57 para 24,21).

Ocupação de leitos também cai

Durante toda a semana ada, os dados mostraram a redução na ocupação de leitos. Neste domingo, o índice de vagas de UTI dedicados à covid estava em 73,30%. Mas os dados de leitos de enfermaria são menores: 59,30% das vagas de covid estão ocupadas. Em outras palavras, são 459 pacientes nas enfermarias. A situação nos hospitais já esteve bem pior…

Servidores de volta

Outro sinal claro de retomada da normalidade foi a medida anunciada pelo governo do estado no final de semana: metade dos servidores públicos vai deixar o home office e voltar ao trabalho presencial a partir de 1º de agosto.

E as aulas?

A suspensão das aulas na rede estadual foi esticada até o final de agosto. O governo teme a reabertura das escolas por conta do contato intenso entre os alunos. “Só reabriremos as escolas com segurança total”, tem repetido Renato Casagrande.

A retomada da normalidade

De qualquer forma, tanto no caso das escolas quanto de outras atividades econômicas e sociais, é preciso iniciar um debate amplo sobre as regras dessa retomada. Como serão as aulas? Em alguns estados, metade dos alunos continuou no ensino a distância. Será assim também aqui? Como será a reposição do período perdido? E outras atividades, como a dos bares, quais os limites mínimos e as regras para reabertura? São muitos detalhes e justamente por isso seria bom começar a tratar deles o quanto antes.

Presidente do STJ testa positivo

Tornado famoso por conta de sua decisão a respeito de Fabrício Queiroz, o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, 63 anos, está com covid-19. Ele está assintomático.

Aliás…

O habeas corpus de Fabrício Queiroz e de sua mulher, Márcia Oliveira, serão relatados por Felix Fischer. O ministro negou 97% dos pedidos de libertação de presos baseados no risco em razão do coronavírus.

A briga é comigo

A medida pode ter ado despercebida porque foi anunciada na noite de sábado: o presidente Jair Bolsonaro entrou com ação no STF contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender as contas de redes sociais de apoiadores do governo. “Em uma democracia saudável, e efetivamente a liberdade de expressão deve ser plena, bem assim a liberdade de imprensa”, diz um trecho da ação. A possibilidade de ela abrir um novo confronto entre o Planalto e o Supremo é grande.

Aceno aos ideológicos

Há quem veja no gesto do presidente um afago nos integrantes do grupo ideológico. Esse grupo está irritado com a aproximação de Bolsonaro com o Centrão e também com sua versão paz e amor. Outro gesto do presidente em relação a esse grupo foi a visita à deputada Bia Kicis, afastada da vice-liderança do governo na Câmara após a votação do Fundeb na semana ada

A afirmação

“Ninguém aguenta briga todos os dias. É ruim para a imprensa, para os Poderes e é pior para o governo. Se fosse um governo que não tem o que mostrar, a guerra constante era o melhor dos mundos. Quando um governo tem o que mostrar, a guerra é um tiro no pé. A calma faz com que os fatos positivos sejam mostrados. O presidente está vendo isso.”

(Ministro das Co0municações, Fábio Faria, sobre a nova fase paz e amor de Bolsonaro. a declaração foi dada antes do anúncio da ação do presidente contra o Supremo)

A imagem

O vídeo mostra o momento de interrupção da live do grupo Aglomerou em Angra dos Reis por uma operação policial. Segundo a versão da Polícia, a operação tinha como alvo vizinhos da casa usada pelo grupo para fazer sua live.

Antonio Carlos Leite

Antonio Carlos tem 32 anos de jornalismo. E um tempo bem maior no acompanhamento das notícias. Já viu muitos acontecimentos espantosos. Mas sempre se sente surpreendido por novos fatos, porque o inesperado é a maior qualidade das coberturas jornalísticas. E também da vida...

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