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Coluna André Andrès

O vinho do dia – Branco, de até de R$ 50, que vai bem com… torresmo

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Conde de Cantanhede Bairrada Seleção do Enólogo

Por que esse vinho merece ser citado? Porque ele une história e qualidade. Em relação à história, ela a pela fome fiscal, nossa velha conhecida, e por batalhas em terras disputadas por Portugal e Espanha. A Bairrada, onde esse branco é produzido, fica na região central de Portugal, entre Lisboa e Porto. As primeiras videiras ali plantadas chegaram junto com os romanos. O primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henrique, permitiu a produção de vinhos por lá, mas, esperto, estabeleceu uma condição: 25% da produção deveria ser entregue a ele. Como se vê, os impostos já eram pesados no século XII. Vinho Branco Cantanhedeou-se o tempo, e em 1476, D. Pedro Meneses, Senhor de Cantanhede, ganhou o título de 1º Conde de Cantanhede, por conta de sua luta na batalha de Toro. Daí vem o nome do vinho e a data estampada em seu rótulo. O vinho é produzido pela Adega Cantanhede, criada em 1954 e conhecida pela sua enorme variedade de rótulos e pela capacidade de produzir brancos e tintos de alta qualidade, dentro de suas faixas de preço.

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Como é o vinho – O Conde de Cantanhede é feito com castas típicas de Portugal: Bical, Arinto e Maria-Gomes. É um vinho muito frutado nos aromas e com uma acidez marcante, equilibrada. Por isso vai bem com cortes de leitão assado: sua acidez “limpa” o paladar e não se sobrepõe ao prato. Aliás, os melhores vinhos para acompanhar pratos de determinada região são aqueles produzidos na mesma região. A Bairrada é conhecida pelos seus leitões, uma das principais iguarias de Portugal. E lá ele é acompanhado tanto por vinhos tintos mais leves como também por espumantes (a harmonização é perfeita) e vinhos brancos, como esse belo rótulo.

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Quando foi provado pela última vez? Em 24 de abril deste ano, junto com um corte de barriguinha pururucada.

Quanto custa? R$ 49, em sites e supermercados.

André Andrès

Há mais de 10 anos escrevo sobre vinhos. Não sou crítico. Sou um repórter. Além do conteúdo da garrafa, me interessa sua história e as histórias existentes em torno dela. Tento trazer para quem me dá o prazer da sua leitura o prazer encontrado nas taças de brancos, tintos e rosés. E acredite: esse prazer é tão inesgotável quanto o tema tratado neste espaço.

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