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Números da covid no ES têm maior queda. E agora?
A tendência de redução de casos e óbitos no estado se consolidou ainda mais no final de semana, mais precisamente no domingo, dia 31, quando foram registrados seis mortes causadas pelo coronavírus. Em números absolutos, esse dado foi registrado, por exemplo, em 27 de abril, muito antes de junho-julho, quando a pandemia atingiu seu pico no estado. O número de casos registrados no sábado, dia 29, foi de 326. Só para comparação, no dia 4 de julho, também um sábado, foram 1.135 registros da doença.
A média que vale
Em termos estatísticos, os números são bons (em termos humanitários, não: todas as mortes devem ser lamentadas…). Mas o governo quer mais segurança. Os dados de referência definidos na nova matriz de risco consideram a média móvel e, principalmente, o número de óbitos. Há evolução também nesses números, mas não a ponto de provocar mudança no mapa de risco para as cidades da Grande Vitória, por exemplo.
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A margem de segurança
Para o governo, a situação estará bem perto do controle quando a média for de 10 óbitos por dia no estado. Quando olhamos a média móvel dos últimos sete dias, encontramos 12 mortes por dia. O governo, no entanto, considera o número registrado nos últimos 14 dias. E daí o dado salta para 15,7 óbitos diários.
A meta na capital
Vitória é um exemplo da distância entre o estágio atual e o considerado seguro pelo governo. A capital tem média de 1,29 óbito por dia, em 14 dias. No entanto, para liberar totalmente as atividades na cidade o governo deseja atingir o patamar de 0,5 óbito por dia. Ou seja, a cidade teria de ter uma queda de cerca de 70% no número de mortes para voltar ao normal.
Margem de segurança
Em outras palavras, a redução é concreta, mas o governo exige números ainda mais baixos para mudar a classificação de riscos, principalmente nas grandes cidades.
Mais espera…
Sem essa mudança na classificação, shoppings, bares e escolas continuam com suas atividades limitadas. Pelo menos oficialmente. E no ritmo atual de redução de casos e óbitos, devem continuar assim pelos próximos 14 dias. Resta saber como esses setores vão reagir a essa situação.
Contagem regressiva
Embora os bastidores estejam animados, a eleição municipal ainda não é “o” assunto nas ruas. Talvez comece a chamar mais a atenção nos próximos dias: a partir de hoje, os partidos têm 16 dias para realizar suas convenções e oficializar as candidaturas para prefeito e vereador.
Muitos candidatos
Há um ponto comum em quase todas as cidades: o grande número de candidatos a prefeito. Sem poder fazer coligações na disputa pelas vagas da Câmara, os partidos foram levados a não fechar coligações também nas chapas majoritárias. Resultado: a disputa equilibrada nas maiores cidades pode colocar no segundo turno quem tiver 25% dos votos.
A afirmação
“O nosso governo, antes de obras novas, queremos concluir obras inacabadas há 10, 20, 30, 40 anos.”
(Jair Bolsonaro, cuja agenda prevê uma série de inaugurações nas próximas semanas)
A imagem
Pandemia? Que pandemia? A imagem mostra como ficou Ipanema nesse domingo, dia 30. O Rio é um dos estados onde os números da pandemia voltaram a subir de forma consistente nos últimos dias.
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