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Flávia da Veiga

Felicidade além do PIB

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Exposição ao sol. Foto: Pixabay

Exposição ao sol. Foto: Pixabay

 

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Você já percebeu como o tema felicidade e bem-estar não se restringe aos filósofos, poetas e psicólogos e se tornou um assunto de interesse de governos, empresários e educadores?

São 3 os motivos, de acordo com o World Happiness Report, relatório anual elaborado em parceria com a ONU que analise os índices de felicidade e bem-estar das populações ao redor do mundo:

  • •Os países estão percebendo que o crescimento econômico por si só não garante aumento de felicidade;
  • •Cientistas descobriam que felicidade não é mais assunto subjetivo, é uma habilidade que pode ser mensurada e aprendida;
  • •Alguns países já estão obtendo sucesso em políticas públicas que visam o aumento da felicidade e bem-estar dos cidadãos.

Vamos falar rapidinho sobre cada ponto, a começar pelo crescimento econômico. Sabemos que dinheiro é importante como um fim para o que traz: segurança, moradia, saúde, alimentação. Mas não garante felicidade. Existe uma pesquisa feita pelo economista Richard Easterlin, da Universidade da Califórnia, em que foi feita a seguinte pergunta: Se a renda de todos for aumentada, isso também aumentará a felicidade de todos? Sua pesquisa mostrou que não. Acima da linha de pobreza, a capacidade de o dinheiro gerar mais felicidade é mínima. O trabalho de Easterlin é um clássico das ciências sociais, um conceito-chave no novo campo da economia da felicidade: mais não é melhor. E foi daí que surgiu o termo Paradoxo de Easterlin. Isso significa que precisamos de outros indicadores além do PIB, e isso nos remete ao segundo ponto.

Se felicidade é uma habilidade que pode ser aprendida, podemos adotar atividades práticas que promovam o bem-estar. Alguns exemplos recentes se encontram nos esforços de Dubai, que criou um ministério da felicidade, e que tem como meta ter 95% dos cidadãos mais felizes até 2021 através de um programa que visa educar as pessoas para a felicidade e promover a felicidade em tempo real com base na análise de dados.

Já na Nova Zelândia, existe a Primeira Ministra Jacinda Ardem criou orçamento para o bem-estar e felicidade. Um dos destinos é financiar a saúde mental em 1,9 bilhão de dólares neozelandeses, com o objetivo de ajudar 325 mil pessoas com problemas de saúde mental “leve e moderada” (ansiedade, transtornos depressivos, etc) e necessidades de dependência até 2023-24.

Um outro exemplo é o conceito de FIP ou Felicidade Interna Bruta, que vai além de gerar riquezas em dinheiro, mas em bem-estar. Diversos países e empresas vem adotando esse conceito com sucesso.

Diante desses pontos eu tenho uma conclusão: existe luz no fim do túnel! A busca da felicidade é o maior objetivo do ser humano e um direito inalienável como prega a constituição americana. É de nossa responsabilidade aprender e praticar a felicidade, sim. Mas governos, empresas, escolas, sistemas de saúde podem, e devem se preocupar a criar ferramentas e um ambiente para que a felicidade e o bem-estar possam florescer. E assim todos nós ganhamos.

Flávia da Veiga

Flávia da Veiga é empresária, publicitária e fundadora da BeHappier

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.