Erick Musso ganha apoio do PSC e do Patriota para o Senado

Rafael Favatto e Erick Musso. Foto: assessoria de Erick Musso

O presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), acaba de receber o apoio de mais dois partidos na sua campanha ao Senado Federal: o Patriota e o Partido Social Cristão (PSC), duas pequenas siglas de direita, decidiram se juntar à coligação de Erick, válida exclusivamente na eleição para o Senado, que já incluía o Republicanos de Erick e o União Brasil (UB).

As adesões das duas legendas à coligação de Erick foram anunciadas pelos respectivos presidentes estaduais: o deputado estadual Rafael Favatto (Patriota), ontem (11) à noite, e o ex-deputado Reginaldo Almeida (PSC) nesta sexta-feira (12).

Na realidade, quando Erick ainda era pré-candidato ao governo estadual, tanto o Patriota quanto o PSC já tinham um compromisso prévio de compor a sua coligação na corrida ao Palácio Anchieta.

Como o presidente da Assembleia decidiu mudar os planos, os dois partidos deixaram suas definições em aberto nas respectivas convenções, delegando à direção estadual o poder de decidir, até o dia 15, sobre alianças e coligações nas eleições majoritárias.

Agora, ambos acabam retornando para o “ponto de partida”, ao lado de Erick, mas apoiando-o para o cargo de senador.

A deputada federal Lauriete, candidata à reeleição pelo PSC, participou da reunião em que o partido sacramentou o apoio a Erick.

Um aliado do presidente da Assembleia, engajado em sua campanha ao Senado, calcula que, com os quatro partidos unidos em sua coligação, ele terá cerca de três minutos por bloco de dez minutos no horário eleitoral gratuito de rádio e TV, nos dias reservados para a propaganda dos candidatos ao Senado.

Sozinho, o UB deve proporcionar a Erick cerca de 1 minuto e 50 segundos por bloco. O partido é presidido no Espírito Santo pelo deputado federal Felipe Rigoni, que também era pré-candidato a deputado federal, mas desistiu para concorrer à reeleição.

Candidatos liberados

A coligação encabeçada por Erick só vale na disputa para o Senado e, formalmente, não vai apoiar ninguém para o governo estadual. Assim, ao se juntarem a essa coligação, Patriota e PSC automaticamente não vão apoiar nenhum candidato a governador, em caráter oficial.

Segundo Rafael Favatto, cada candidato a deputado estadual ou federal do Patriota ficará liberado para apoiar o candidato a governador que quiser, individualmente. Ele mesmo é candidato a deputado federal e disse que não se decidiu sobre o tema.

Já Reginaldo Almeida, presidente estadual do PSC, não retornou os contatos da coluna para responder se os candidatos a deputado do partido ficarão liberados, no mesmo formato.

Capitã Estéfane

Como publicamos aqui, a campanha de Guerino Zanon (PSD) chegou a cogitar o nome da vice-prefeita de Vitória, Capitã Estéfane (Patriota), como candidata a vice-governadora do ex-prefeito de Linhares. Com o ingresso oficial do Patriota à coligação de Erick para o Senado, essa hipótese está juridicamente descartada.

Mantido o plano original, Estéfane será candidata a deputada federal pelo Patriota.

Audifax busca apoio da Assembleia de Deus  

Enquanto isso, o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede) busca o apoio da Convenção das Assembleias de Deus (Cadeeso) no Espírito Santo à sua candidatura ao Palácio Anchieta.

Nesta quinta-feira (11), ele visitou a sede da entidade, em Vila Velha, e participou da reunião realizada a cada duas semanas pelo colegiado de pastores.

Participaram do encontro o presidente da Cadeeso, pastor Arnaldo Candeias; o presidente da Comissão de Assuntos Políticos, pastor Rafael Ferreira, além de representantes da Mesa Diretora da entidade e pastores de igrejas da Grande Vitória e do interior capixaba.

“O Audifax é um excelente candidato e tem tudo para fazer um bom trabalho à frente do Governo do Estado”, avaliou Rafael Ferreira.

As Assembleias de Deus convencionadas à Cadeeso possuem pouco mais de 400 mil membros (10% da população capixaba) e aproximadamente 300 pastores presidentes das igrejas sediadas nos 78 municípios do Espirito Santo.

Ou seja: Audifax, fiel da Igreja Batista, está em busca do voto evangélico e, para isso, procura se fortalecer politicamente junto a esse segmento que responde por boa parte do eleitorado capixaba.

Em tempo…

Enquanto ainda era postulante ao governo do Estado, Erick Musso (igualmente evangélico) também buscava uma inserção pesada junto a entidades de representação de igrejas evangélicas no Espírito Santo. Ele e Audifax, de certo modo, estavam competindo palmo a palmo por esse filão.

Com a desistência de Erick, o campo ficou muito mais aberto para Audifax procurar desbravá-lo.