xColunas
Covid: os (muitos) fatos do final de semana
Desligou um pouquinho do mundo desde sexta-feira? Sem problemas. Trazemos um resumo dos vários fatos, envolvendo principalmente a pandemia, ocorridos desde o final da tarde de sexta-feira. O noticiário foi rico no estado, no país e no mundo. Vamos a eles?
Mais cidades sob risco alto
No início da noite de sexta-feira (11), o governador Renato Casagrande anunciou o novo mapa de risco e ampliou para seis o número de cidades sob risco alto de transmissão da covid. Agora são seis no estado: Mantenópolis, Anchieta, Domingos Martins, Ecoporanga, Ibiraçu e Marilândia.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
Apelo ao bom senso
O governo está mais preocupado com o avanço da doença no interior do estado. Enquanto na Grande Vitória a taxa de transmissão gira em torno de 1, em cidades do interior ela está se aproximando de 2 (1,7, para ser mais exato). Casagrande, na sexta-feira, apelou para o bom senso das pessoas. “Neste final de ano, verão e época de férias, temos que ter disciplina, senão vamos levar muitas pessoas a perder a vida”, afirmou.
Mais fiscalização
Donos de bares e casas noturnas de Vitória foram “visitados” pelos fiscais no final de semana, depois das 22 horas, horário limite para funcionamento desses estabelecimentos. Alguns receberam prazo, limitado a 10, 15 minutos, para encerrar o atendimento. Outros, reincidentes, foram multados.
Um plano apressado…
Ainda na noite de sexta-feira, o governo federal apresentou um plano nacional de vacinação para o Supremo Tribunal Federal, obedecendo determinação partida do STF. Especialistas criticaram o fato de o plano ser falho em vários pontos, inclusive em relação ao detalhamento do calendário de vacinação.
…e contestado
Mas não foi só isso: o documento lista como participantes do estudo vários professores, epidemiologistas, médicos e etc. Eles afirmam, no entanto, não terem participado da elaboração do plano. A epidemiologista Ethel Maciel, da Ufes, foi para as redes sociais se queixar. “Acabamos de saber pela imprensa que o governo enviou um plano, no qual constam nossos nomes e nós não vimos o documento. Algo que nos meus 25 anos de pesquisadora nunca tinha vivido!”, disse a professora.
EUA liberam vacina
Ainda na sexta-feira, a FDA, órgão norte-americano equivalente à nossa Anvisa, aprovou o uso emergencial da vacina da Pfizer nos Estados Unidos. Uma operação gigantesca foi desencadeada no sábado (12) e domingo (13) para dar início à vacinação nesta segunda-feira. As primeiras 135 mil doses foram deslocadas para 50 estados. Nesta segunda-feira (14), mais 350 mil doses serão distribuídas. Os EUA pretendem vacinar 20 milhões de pessoas até o dia 31.
Popularidade mantida
Sábado foi dia de divulgação de pesquisa DataFolha sobre a popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Não houve alteração em relação à pesquisa anterior, ou seja, a aprovação do presidente se mantém no seu melhor nível desde sua posse.
Em números
Acham o presidente ótimo ou bom 37% dos brasileiros, mesmo nível da rodada de 29 e 30 de agosto. Houve pequena alteração na avaliação de ruim ou péssimo: caiu de 34% para 32%. Para 29%, é um governo regular. Antes, eram 27%. Nos dois últimos casos, a alteração se deu dentro da margem de erro.
Só para lembrar
Apesar da aprovação de Bolsonaro ser mantida em seu mais alto nível, o DataFolha lembra: é o nível mais baixo atingido por um presidente em seu primeiro mandato desde Fernando Collor de Mello.
Dados sobre a pandemia (1)
Já em relação à pandemia, a pesquisa mostra um cenário um pouco contraditório em relação ao presidente. Para 52% dos entrevistados, Bolsonaro não tem nenhuma culpa pelo total de mortos pelo novo coronavírus no Brasil. Outros 38% veem o presidente como um dos culpados, mas não o principal, e 8% afirmaram ser ele o principal culpado pelas mortes.
Dados sobre a pandemia (2)
Quando a pergunta foi sobre a condução da pandemia, o cenário a a ser desfavorável ao presidente: 42% avaliam como ruim ou péssima a atuação de Bolsonaro. Já 27% veem as ações do presidente como regulares, e 30% avaliam como ótimas ou boas.
Prazo para vacinação
Na tarde de domingo, o ministro Ricardo Lewandovski, do STF, deu ao governo 48 horas para apresentar uma data para início da vacinação nacional e também um detalhamento do calendário de imunização. O Ministério da Saúde afirmou não ter definido data porque “não existe no mercado nacional uma vacina eficaz e segura”. Mas o prazo dado pelo STF está contando…
Não ficou por aí…
A manifestação do Ministério da Saúde foi além da nota emitida na tarde de domingo. No meio da noite, o site do ministério trouxe um vídeo com explicações sobre a vacina e ataques pesados ao governador de São Paulo, João Doria. Como se sabe, Doria anunciou o dia 25 de janeiro como a data do início da vacinação em São Paulo. No vídeo, Elcio Franco, secretário executivo do ministério, chama de “irresponsável” a divulgação de uma data sem nenhuma vacina ter sido aprovada pela Anvisa.
Vendedor de sonhos
Ainda no vídeo, Franco acusa Doria de vender sonhos. “Senhor João Doria, não brinque com a esperança de milhares de brasileiros, não venda sonhos que não possa cumprir, prometendo imunização com um produto que sequer possui registro nem autorização para uso emergencial. Como estabelecer um calendário de vacinação sem saber se a vacina estará liberada para uso, com a certeza de segurança e eficácia?”, afirma. Quer ver mais? Confira o vídeo abaixo:
Julgamento no STF
A semana começa sob a expectativa de manifestações do STF a respeito do alcance da atuação de prefeitos e governadores em relação à vacinação. Isso poderá incluir a possibilidade de se determinar ou não a obrigatoriedade da vacina. Os próximos dias serão quentes nessa área. Como, aliás, foi no final de semana.
Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.
