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Vida e Carreira

Cegar para melhor enxergar

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A autora convidada desta coluna é Maria Claudia Basílio, psicóloga formada pela Universidade Federal do Espírito Santo. Especialista em Psicologia Sistêmica da Família, tradutora, intérprete de Libras e Consultora de Recrutamento e Seleção na Selecta.

Recrutamento e seleção às cegas, uma inovação que já está batendo à porta. Se inovação, criatividade e diversidade são valores para a sua instituição, então comece pelo processo de recrutamento dos profissionais que farão parte deste quadro. Assim, através de equipes com perfis, competências e habilidades diversificadas, conseguirá maximizar seus resultados.

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No processo de recrutamento atual, organizado com dinâmicas e entrevistas, os conceitos, estigmas e paradigmas influenciam as escolhas, ainda que por vezes você não perceba. No entanto, isso pode ser mudado. Para contribuir com a mudança de caminhos e alterar o curso, surgiu, inicialmente na Europa, uma nova forma de recrutar: o Recrutamento e Seleção às Cegas. Nesse processo, os recrutadores avaliam os profissionais por suas experiências e habilidades. Quaisquer outros fatores, como idade, estado civil, gênero, são desconsiderados.

A técnica de recrutamento visa a diminuir as chances de discriminação aos candidatos, consciente ou inconscientemente, constituída por preconceitos ou por falta de foco em seus aspectos profissionais. Nos processos de Recrutamento e Seleção às Cegas, não há perguntas sobre o curso, o nome da instituição de ensino, gênero ou idade do candidato. O que importa é entender como o seu propósito está alinhado à empresa solicitante.

Como as características pessoais ficam de lado na hora da seleção, é possível focar no que realmente importa: os aspectos profissionais e comportamentais. Todos os profissionais envolvidos no Recrutamento e Seleção devem considerar características técnicas, competências, habilidades e tendências comportamentais. Em todas as fases do processo seletivo, esses são os critérios que devem ser considerados.

É muito importante que ocorra o alinhamento e a capacitação dos recrutadores envolvidos no processo. Eles devem estar preparados para considerar os aspectos técnicos e profissionais, deixando de lado possíveis preconceitos e crenças limitantes.

As técnicas de Recrutamento e a Seleção às Cegas não impedem a empresa realizar entrevistas presenciais nas fases finais do processo. Isso é bastante positivo, porque apresenta ao candidato a cultura da empresa e seus valores.

Luciana Lessa

Profissional com sólida carreira em Gestão de Pessoas em empresas de diferentes segmentos (tecnologia, consultoria, indústrias, serviços, varejo, financeira, construção civil e transportes). Especialista em temas como estratégia, cultura, gestão de mudanças, desenvolvimento de lideranças, reconhecimento, employer branding e employee experience, recrutamento e selecao, engajamento e bem-estar, educação corporativa, carreira e sucessão. Mestre em diversidade etária e inovação pela Fucape. Mentora e coach, professora de cursos de pós graduação no ES e em outros estados. Professora de gestão de pessoas da Faesa, UVV, Sustentare, IEL. Tem cases escritos em livros de diferentes autorres como "Design de aprendizagem" da Flora Alves, "Uma nova (des)ordem organizacional e “Ensaios por uma empresa mais consciente” do Marco Ornellas e "Repensando o RH", do JP Coutinho.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do ES360.