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Bem-estar

Poluição auditiva pode causar infarto: entenda os riscos!

O barulho em excesso gera alguns sintomas que são característicos para desenvolvimento de doenças, como alteração de humor, dores de cabeça e insônia

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“É questão de saúde pública”, alerta OMS. Foto: @diana.grytsku/Freepik

Silêncio, muitas vezes é disso que precisamos para nos sentirmos calmos, pois o barulho é um dos maiores causadores de estresse, sendo a poluição sonora um fator prejudicial à saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) este é o segundo maior agente poluidor ambiental, depois da poluição do ar.

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O que muitas pessoas não sabem é que o barulho pode até mesmo ser um fator agravante para o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto. O Otorrinolaringologista Márcio César da Silva explica que os ruídos aumentam a tensão nas pessoas, gerando crescimento na liberação de adrenalina, por este motivo ocorre um aumento da pressão podendo ocorrer o risco de AVC ou o infarto, principalmente em pessoas pré-dispostas à estas enfermidades.

O médico alerta que o barulho em excesso gera alguns sintomas que são característicos para desenvolvimento de doenças, como alteração de humor, dores de cabeça, insônia, perda da concentração, zumbido no ouvido, cansaço, pressão alta e em alguns casos, perda da audição.

Além disso, Márcio César destaca que algumas classes de trabalhadores estão mais pré-dispostas a desenvolverem problemas auditivos ou de estresse intenso devido alta exposição de ruídos, são eles: trabalhadores industriais, aeroportuários, músicos, pessoas que trabalham em boates e bares com músicas.

Também é importante lembrar que pessoas que utilizam fones de ouvido e escutam som no volume máximo também estão vulneráveis a sofrer de problemas relacionados à audição. “Mas, vale lembrar que os fones são prejudiciais quando utilizados por muito tempo e com barulho elevado. Durante a pandemia notamos um crescimento desses problemas devido as pessoas estarem trabalhando e estudando remotamente e utilizando esses mecanismos com mais frequência”, destacou o médico.

O médico destaca que a vida moderna e urbana aumenta nossa exposição aos ruídos devido o trânsito, a frequência em locais fechados e com música alta e o crescimento das plataformas de streaming, que faz com que as pessoas percam o hábito de ficar por um tempo em silêncio.

Mas, quando não se pode evitar o barulho?

“É importante que as pessoas que não conseguem ou não podem evitar exposição aos ruídos que fiquem atentas a sua saúde auditiva e que procurem otorrinos para exames periódicos. É importante manter sob controle o monitoramento relacionamento aos danos auditivos”, pontuou o médico Márcio César.

De olho na poluição visual

Não somente a poluição auditiva requer atenção, mas também é importante estar atento aos cuidados com os olhos. De acordo com o oftalmologista do Hospital de Olhos de Vitória, César Ronaldo Filho, existem dois tipos de poluição visual e elas são bem distintas. Uma é a estética, que corresponde a maneira como percebemos o nosso entorno: cores, outdoor e imagens. Do ponto de vista clínico não traz risco nenhum para o olho. Mas, também existe a poluição visual luminosa, dependendo do tipo de luz emitida pode causar problemas como a fotofobia, ofuscamento, e em pacientes com pré-disposição pode causar convulsões.

“Um ponto que devemos considerar, mas que não está diretamente relacionado a poluição visual, é a exposição prolongada dos nossos olhos às telas, que traz prejuízos e pode causar desconforto visual e causar ressecamento dos olhos”, alertou o médico.