Bem-estar
Modelo quase morre após esquecer de tirar absorvente interno por três meses
No programa “Shopping with Keith Lemon”, a modelo irlandesa contou sobre as complicações da síndrome do choque tóxico

A modelo irlandesa Maura Higgins. Foto: Reprodução/Instagram
Maura Higgins, 31 anos, ou por uma experiência traumatizante após quase morrer ao esquecer um absorvente íntimo interno dentro de seu corpo por três meses. No programa “Shopping with Keith Lemon”, a modelo irlandesa contou sobre as complicações da síndrome do choque tóxico.
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A TSS – uma complicação rara de certas infecções bacterianas – é frequentemente associada ao uso de absorventes internos em mulheres jovens, mas pode afetar pessoas de qualquer idade – incluindo homens e crianças que aram por cirurgias ou têm ferimentos abertos – e pode ser fatal caso não seja tratada com urgência.

Absorvente interno. Foto: FreePik
“Eu tive uma experiência muito ruim. Eu não sou médica, não sei muito sobre isso [o choque], mas eu sei que você não deve deixar um absorvente interno por mais de, eu acho que são nove horas, acho que é o máximo. Havia um OB dentro de mim por três meses. Quando o médico encontrou, estava grudado no colo do útero“, disse a modelo.
Anna Bimbato, médica ginecologista, alerta que tanto o absorvente interno quanto o externo devem ser trocados a cada quatro ou seis horas, a depender do fluxo da mulher.
Ainda segundo Anna, os casos de síndrome do choque tóxico eram mais comuns na década de 80. Atualmente, o material usado na produção do absorvente diminui a chance de infecção, mas o risco existe, principalmente se a mulher usar o mesmo absorvente por mais de 8 horas, como no caso da modelo.
“O absorvente interno acumula sangue e pode propiciar o crescimento de bactérias presentes na vagina. A troca frequente do absorvente evita que essas bactérias contaminem o útero e atinjam a corrente sanguínea. Nesse caso, pode ocorrer uma sepse, isto é, uma infecção generalizada e até perda de órgãos”, explica a ginecologista.
Além de evitar um problema grave como a síndrome do choque tóxico, a troca regular minimiza riscos de infecções, ressecamento e feridas na parede interna da vagina, evita alteração do pH vaginal e mau cheiro na região íntima.
