fbpx

Bem-estar

Exames e avaliações são essenciais para começar ou retomar exercícios

Há também casos de pessoas que optam por atividades que estão além dos seus limites físicos; veja as consequências

Publicado

em

A pandemia aumentou a preocupação dos capixabas quanto à prática de exercícios físicos. E muita gente deixou o sedentarismo de lado e buscou praticar exercícios físic0s, principalmente ao ar livre, onde as possibilidades são infinitas. Esse começo, no entanto, exige cuidados tanto do ponto de vista físico quanto para evitar contaminação.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

O professor de educação física e gestor da comissão do Conselho Regional de Educação Física do Espírito Santo, Michel Barra, ressalta que os exercícios físicos são um dos pilares da qualidade de vida, além de serem essenciais à saúde. No entanto, praticar atividades físicas de forma inadequada pode gerar uma série de problemas.

> Prática de exercícios cresce no Espírito Santo

Um exemplo comum são as lesões, que possuem o maior risco para quem se exercita sem a supervisão de um profissional. E isso acontece porque quem pratica atividade física sem orientação pode fazer exercícios de maneira inapropriada. Há também casos de pessoas que optam por atividades que estão além dos seus limites físicos.

Barra defende que, antes de iniciar de qualquer exercício físico, a pessoa deve fazer um check-up. “Mesmo àqueles que são jovens devem ar por uma avaliação médica. Muitos deles têm problemas metabólicos, como diabetes ou hipertensão arterial, e nem sabem. E uma sobrecarga no exercício pode provocar um acidente vascular cerebral (AVC)”, explica.

O fisiologista Helvio Affonso também orienta o indivíduo a ar não só por uma bateria de exames médicos, mas também uma avaliação física. Uma vez que nesse cenário as pessoas estão mais propensas à ansiedade, depressão, medo, angústia, que são gatilhos mentais sabotadores da prática de exercício físico.

“A pessoa deve ar por uma avaliação completa cardiológica, nutricional e fisiológica. O objetivo é analisar a dose do exercício que cabe para esse indivíduo. Se errar, essa pessoa vai ter dificuldade de engajamento e aderência. A dor muscular pode se tornar motivo de desistência. E a inflamação da musculatura pode gerar uma queda na imunidade, o que não é bom nesse momento de pandemia”, detalha o fisiologista.

Pós-covid-19

Outro agravante é a pessoa que no pós-covid-19 se dispõe a voltar ou começar a prática de exercício. Helvio aponta que as avaliações feitas por ele e estudos mostram que esse indivíduo fica muito limitado. Mesmo aqueles que não chegaram a ser intubados se veem em uma limitação cardiorrespiratória significativa e que preocupa.

Segundo Helvio, em média, indivíduos que já praticam corrida de rua e faziam em média 5 minutos por quilômetros, no pós-covid-19, esse rendimento caiu para 10 minutos por quilômetro. Avaliações mostram que o corredor que fazia 15km/h, a a ter dificuldade para fazer 7km/h.

> Pandemia não impediu que eles eliminassem mais de 20kg

“No pós-covid a pessoa ainda nota que perdeu massa muscular e muitas vezes tem pressa para recuperar. Caso o exercício não seja feito sob orientação, corre o risco de acidentes durante a execução, como apagão e até mesmo um desmaio. Afinal, o músculo não consegue produzir energia. O trabalho tem que ser muito controlado e com doses pequenas. Primeiro o é controlar a parte cardiorrespiratória e depois a musculatura”, detalha.

O professor Michel Barra ressalta que no retorno pós-covid, além dos exames médicos, deve ser feita uma avaliação detalhada do condicionamento físico desse aluno. “Hoje sabe-se que a doença não afeta apenas o sistema respiratório. As pessoas percebem facilmente as mudanças do condicionamento no dia a dia. Quando recebo um aluno, fazemos acompanhamento da saturação de oxigênio, pressão arterial, teste respiratório e assim podemos fazer uma prescrição de exercício direcionado para essa pessoa”, comenta.