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Bem-estar

Dia Nacional do Diabetes: prevenção, perigos e tratamentos da doença

São 16,8 milhões de pessoas sofrem com a doença no Brasil. Essa que causa deficiência na produção de insulina que gera o aumento do açúcar no sangue

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Foto: @xb100/ Freepik

A diabetes é uma doença crônica causada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina (hormônio produzido pelo pâncreas), o que gera aumento do açúcar no sangue e falta de energia nas células. Ao longo dos anos, a enfermidade pode gerar danos aos órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Neste sábado, 26, Dia Nacional do Diabetes, a Unimed Sul Capixaba separou informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, que se apresenta, muitas vezes, de forma silenciosa e já faz parte da vida de 463 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos no mundo.

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No Brasil, são 16,8 milhões de doentes, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF). Há três tipos de diabetes: a do tipo 1, a do tipo 2 e a gestacional. As formas mais comuns da doença são os tipos 1 e 2. “O diabetes mellitus tipo 1 é caracterizado pela destruição das células do pâncreas, em que a consequência é a deficiência na produção de insulina. Em geral, ocorre na infância e na adolescência, mas também pode surgir na fase adulta. Já no diabetes mellitus tipo 2, a produção da insulina ocorre, mas o organismo é incapaz de utilizá-la de forma eficaz. Com a progressão da doença, a produção do hormônio pode ser reduzida”, explica a endocrinologista da Unimed Sul Capixaba, Luiza de Backer Fachin.

A diabetes do tipo 2 se apresenta com mais frequência na idade adulta, em pessoas acima do peso, sedentárias e sem alimentação saudável. Já a gestacional é quando há presença elevada de glicose no sangue durante a gravidez. “Para a prevenção da doença, é essencial uma alimentação saudável, evitando excessos de produtos processados, gordurosos, açucarados e com alto índice calórico, e reduzindo a ingestão de sal. Também é importante manter a prática regular de atividade física e parar de fumar”, ressalta a médica.

Muitas vezes, a doença pode ser assintomática e não manifestar nenhum sintoma. Mas, quando a glicose no sangue está em níveis mais elevados, algumas pessoas podem apresentar cansaço e fraqueza excessivos, muita sede, aumento do volume urinário e até perda de peso sem motivo aparente. O diagnóstico é feito por meio da avaliação dos níveis de glicose no sangue e o tratamento inclui atividade física, medicamentos e uma alimentação saudável. “Existem medicações orais e injetáveis, incluindo as insulinas. Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico, para o tratamento mais adequado”, informa a médica.

Entre as possíveis complicações da doença, estão disfunção dos rins, complicações da visão, problemas de circulação sanguínea, que podem gerar amputação dos membros, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Além desses riscos, a diabetes e a obesidade são fatores de risco para a Covid-19, isto é, pessoas com essas condições estão mais propensas a apresentarem infecções mais graves. Inclusive, o ganho de peso, seja a obesidade ou o sobrepeso, é um fator que predispõe o desenvolvimento da diabetes.

Lidar com a doença é uma luta diária

Quem lida com a diabetes há 18 anos é a vendedora Elizabel Bravin Lamoglia, 37 anos, uma das pacientes que faz acompanhamento na Unimed Sul Capixaba. Elizabel tem diabetes do tipo 1 e realiza o controle por aplicação de insulina. Quando estava no quinto ano de tratamento, ou por uma cetoacidose diabética, que é uma complicação grave da doença, por não ter tomado a medicação corretamente.

“É uma luta diária. Eu já ei por problemas quanto à aceitação, ao convívio com a diabetes e é até hoje é um desafio. No cotidiano, as pessoas não veem que você é diabética, elas não imaginam que estou o tempo todo preocupada com o controle glicêmico. Eu não durmo sem medir a glicose e, quando acordo, já meço também. Já tive várias crises de glicemia que foram quase fatais para mim. Hoje, eu busco qualidade de vida”, afirma a vendedora.

Com o objetivo de incentivar o autocuidado e prevenir complicações a longo prazo provocadas pela diabetes, a Unimed Sul Capixaba possui o Grupo de Controle do Diabetes e Hipertensão, com reuniões que abordam temas como alimentação, entendimento e aceitação da doença, entre outros. Atualmente, devido à pandemia, as atividades do grupo estão temporariamente suspensas, como forma de prevenir a contaminação por Covid-19, mas os pacientes continuam recebendo acompanhamento e orientações individuais com a equipe multidisciplinar.