Bem-estar
Até quando será preciso usar máscara contra a covid?
Para a infectologista Rubia Miossi, a máscara é um ório que deve demorar a sair do cotidiano; ela lembra da importância do seu uso na redução da transmissão da doença

Governo do Rio vai multar em R$ 106 pessoas sem máscaras. Foto: PIxabay
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A pandemia do novo coronavírus nos mudou de várias formas: como nos relacionamos com os outros, como nos higienizamos e como usamos espaços públicos. E um dos hábitos adquiridos durante esse período, de forma obrigatória ou não, foi a máscara. O uso como medida de proteção contra o novo coronavírus se popularizou e, com o retorno das atividades, as pessoas aram a ter de se adaptar até mesmo durante as atividades físicas. Mas, até quando será necessário usá-la?
No Brasil, o costume tornou-se comum só agora, já que é a primeira vez que o país é atingido por uma epidemia tão forte. Mas em outros países, o uso de máscara já era comum antes do surgimento da covid-19. É o caso do Japão, cujos cidadão aprenderam, desde o período da gripe espanhola (1918 – 1920), que o ório é necessário para cuidar de si mesmo e de pessoas ao redor.
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Ainda estamos distantes do fim da obrigatoriedade do uso da máscara. E há motivos para isso. A infectologista Rubia Miossi afirma que é necessário que não haja mais transmissão da doença para haver essa liberação. “O uso da máscara foi um fator determinante na queda dos casos no Espírito Santo. Essa redução não significa que o equipamento deva ser deixado de lado. Pelo contrário, mostra a eficácia do seu uso e que ele deve continuar até não ter mais novos casos”.
O uso da máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social ainda são as principais medidas para combater, não só o coronavírus, mas verminoses e doenças infecto parasitárias.
E muitos pretendem manter o uso da máscara mesmo após o fim da obrigatoriedade. O comerciante Izaias Trancoso ou a enxergar a peça como uma proteção para ele e quem está a seu redor. “Eu acredito que vou continuar usando. Mesmo com vacina, esse vírus pode voltar em outras versões. Então, acho que a máscara vai se fazer necessária no dia a dia, ainda mais no meu caso, que atendo pessoas o tempo inteiro”, afirma.
Rubia Martins, que também é gestora de riscos da Unimed Vitória, acredita que devemos aprender a lição de que independentemente do tipo de doença respiratória, precisamos criar o habito de usar a mascara. No Japão, seu uso não é visto apenas como uma prática coletiva desinteressada, mas um ritual autoprotetor.
“Na realidade a pandemia apenas demonstrou a fragilidade que tínhamos em relação aos nossos hábitos diários. Sabemos que devemos lavar as mãos sempre, que devemos ter cuidado com o sapato com o qual entramos em nossas casas, que nossas roupas devem ser lavadas com frequência e que os alimentos devem ser higienizados antes de serem guardados. A questão é que muitos de nós não fazíamos disso um hábito. Agora, seria interessante utilizarmos essas práticas como lição aprendida e as mantermos em nossa rotina”, diz ela.
Como manter a performance nas atividades físicas com máscara
Com a flexibilização da quarentena, as atividades físicas estão liberadas em parques e academias. No entanto, é obrigatório o uso de máscaras. E o preparador físico Helder Souza garante que é possível manter a boa performance utilizando o equipamento.
