Dinheiro
Venda de oito marcas de azeite é suspensa por fraude. Veja a lista
Ministério detectou óleo de soja em azeites impróprios ao consumo e os produtos devem ser retirados do mercado

Novas marcas de azeite tiveram vendas suspensas. Foto: Freepik
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) desclassificou, nesta sexta-feira (6), oito marcas de azeite de oliva por fraude. As ações foram conduzidas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), com apoio da Polícia Civil do Espírito Santo e de São Paulo.
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As amostras foram coletadas e analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA). Os resultados apontaram a presença de óleo de soja, o que torna os produtos impróprios para consumo.
Com base nas análises físico-químicas, o governo determinou o recolhimento dos lotes. As marcas descumpriram a Instrução Normativa nº 01/2012, que regula os padrões de identidade e qualidade do azeite de oliva.

Marcas de azeite desclassificadas por fraude. Foto: Reprodução/Mapa
Além da fraude na composição, o Mapa alerta que algumas embalagens utilizam nomes semelhantes aos de marcas conhecidas. Por isso, o consumidor deve conferir com atenção a empresa responsável indicada no rótulo.
De acordo com o Ministério, a “comercialização desses produtos é uma infração grave, e os estabelecimentos que mantiverem os itens à venda podem ser responsabilizados.” A recomendação é que o uso seja interrompido imediatamente. Os consumidores também podem exigir a substituição do produto, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.
As denúncias devem ser feitas pela plataforma oficial Fala.BR. É necessário informar o nome e o endereço do local de venda para que as autoridades possam agir.
Fiscalização do azeite
Para a fiscalização, os responsáveis pela ação vão até os supermercados e recolhem azeites sem registro no Ministério da Agricultura. Após o recolhimento, as amostras são enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, localizado no Rio Grande do Sul.
Primeiro, o produto a por testes para confirmar se é realmente azeite de oliva. A amostra é analisada pelo NIR, um equipamento de infravermelho. Ele verifica se o perfil de ácidos graxos é compatível. Geralmente, o NIR detecta misturas com outros óleos vegetais. No entanto, se o equipamento não identificar a fraude, há outra etapa.
Nesse caso, o produto vai para o cromatógrafo. Esse aparelho analisa os ácidos graxos com maior precisão. Se o teste reprovar o produto, ele não pode ser vendido como azeite de oliva. Porém, se for aprovado, avança.
Em seguida, são feitos testes que classificam o tipo de azeite. Isso garante que o rótulo esteja correto. A primeira etapa avalia as propriedades físico-químicas do produto. São analisados níveis de acidez e de oxidação. Depois, o azeite a por análise sensorial.
Avaliadores treinados verificam aroma e sabor e atribuem notas às amostras. De acordo com os técnicos, essa etapa é essencial. Ela revela defeitos e qualidades que os outros testes não mostram.
