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Bem-estar

Frio agrava dores na mandíbula e zumbido no ouvido; entenda por quê

Com a queda das temperaturas, aumentam os casos de dor orofacial e sintomas ligados ao bruxismo e à DTM no Brasil

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DTM afeta milhões de brasileiros e causa dores na face, estalos na mandíbula e até travamento da boca

DTM afeta milhões de brasileiros e causa dores na face, estalos na mandíbula e até travamento da boca. Foto: Divulgação

Com a chegada do inverno, sintomas como dores no rosto, estalos ao mastigar e zumbido no ouvido se tornam mais frequentes. A contração muscular causada pelas baixas temperaturas afeta especialmente as regiões da face, mandíbula e pescoço, intensificando desconfortos que muitas vezes am despercebidos ao longo do ano.

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Um dos principais fatores associados a esse quadro é o bruxismo — hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes, geralmente durante o sono. Dados do Google Trends indicam que o interesse pelo tema aumenta justamente nos meses mais frios. Especialistas apontam que o frio, aliado ao estresse e à tensão muscular, contribui diretamente para o agravamento dos sintomas.

Quando não tratado, o bruxismo pode sobrecarregar a musculatura da face e levar ao desenvolvimento da Disfunção Temporomandibular (DTM), que afeta as articulações responsáveis pelos movimentos da mandíbula. Essa condição compromete funções básicas como mastigação, fala e até o sono.

De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), cerca de 33% da população brasileira — mais de 70 milhões de pessoas — convivem com algum grau de DTM ou dor orofacial, muitas vezes sem diagnóstico.

A cirurgiã bucomaxilofacial Gabriela Mayrink explica que o inverno costuma intensificar a contração muscular, o que gera sobrecarga na região facial. “No inverno, é comum os músculos ficarem mais contraídos. Isso acaba sobrecarregando a região facial, principalmente em quem já aperta os dentes sem perceber”, afirma.

Além da dor, os pacientes podem apresentar estalos ao abrir e fechar a boca e zumbido no ouvido. Em muitos casos, esses sintomas são confundidos com enxaqueca, sinusite ou problemas na coluna cervical. “Muita gente procura tratamento pensando que o problema está na cabeça ou no pescoço, mas o incômodo pode estar na tensão mantida nos músculos da mandíbula. Um diagnóstico preciso e precoce pode evitar anos de sofrimento desnecessário”, alerta a especialista.

A recomendação de profissionais da saúde bucal é que pacientes com sintomas persistentes busquem avaliação especializada. O tratamento pode incluir desde terapias com placas de mordida até fisioterapia, medicação e acompanhamento psicológico, dependendo da gravidade do caso.

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