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Descubra se você tem bruxismo antes que ele comprometa sua saúde bucal

Distúrbio silencioso, o bruxismo pode ar despercebido por anos e comprometer a qualidade de vida

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O bruxismo pode causar dor facial e desgaste nos dentes, mesmo sem que a pessoa perceba. Foto: Freepik

O bruxismo pode causar dor facial e desgaste nos dentes, mesmo sem que a pessoa perceba. Foto: Freepik

Você pode estar convivendo com bruxismo e não saber. O distúrbio, caracterizado pelo movimento repetitivo dos músculos da mastigação, nem sempre envolve o contato entre os dentes. Por ocorrer com frequência durante o sono, muitas pessoas não percebem o problema até que surjam dores ou desgaste dentário. Ainda assim, o bruxismo também pode acontecer ao longo do dia, tornando-se um hábito prejudicial sem que se note.

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O cirurgião-dentista, especialista em dor orofacial, DTM e bruxismo, Lorenzo Benetti explica sobre os sinais, causas e tratamentos para esse distúrbio silencioso que afeta a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

O que é o bruxismo e por que ele pode ar despercebido por tanto tempo?

O bruxismo é caracterizado por um movimento repetitivo dos músculos da mastigação, em que, não necessariamente ocorra contato dental. Muitas vezes, ocorre sem que a pessoa perceba. Isso acontece principalmente durante o sono, mas também pode ocorrer ao longo do dia. Por ser silencioso e gradual, muitos pacientes só descobrem o problema quando começam a sentir dor ou quando há sinais claros de desgaste nos dentes.

Quais os sintomas mais comuns que podem indicar o problema?

Sensibilidade dentária, dor na face, estalos na mandíbula, sensação de cansaço na região do rosto, dor de cabeça frequente e até zumbido no ouvido. Em casos mais avançados, o bruxismo pode levar à dificuldade para mastigar e até travamentos da mandíbula.

Existe diferença entre o bruxismo noturno e o diurno?

Sim. O bruxismo noturno geralmente está associado a distúrbios do sono e micro despertares. Já o diurno está muito ligado ao estresse, à ansiedade e a momentos de tensão ou foco excessivo. O hábito pode parecer inofensivo, mas tem impacto direto na saúde da boca e na qualidade de vida.

Como é feito o diagnóstico?

A avaliação clínica é fundamental. Observamos sinais como desgaste nos dentes, hipertrofia muscular, retração gengival e o histórico emocional do paciente. Em alguns casos, exames complementares podem ajudar no diagnóstico mais preciso.

E o tratamento? Tem cura?

O bruxismo não tem uma “cura” definitiva, porque ele não é uma doença, um hábito parafuncional. Mas tem controle. O tratamento pode incluir o uso de placas oclusais feitas sob medida, técnicas de relaxamento muscular, fisioterapia, psicoterapia e, quando necessário, ajuste da mordida ou uso de medicamentos.

Qual a faixa etária mais afetada?

Adultos entre 20 e 40 anos são os mais afetados, justamente por estarem mais expostos ao estresse e à sobrecarga emocional. Mas o bruxismo também pode ocorrer em crianças e idosos. Cada caso precisa ser avaliado individualmente.

E quando é hora de procurar um especialista?

Se você sente dores frequentes na mandíbula, percebe estalos, dores de cabeça ao acordar ou sente seus dentes mais sensíveis, vale buscar uma avaliação. O bruxismo é silencioso, mas seus efeitos são reais — e quanto antes o tratamento começar, melhores são os resultados.

 

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