Política
Bolsonaro estuda colocar um general na Casa Civil
Presidente convida Braga Netto, militar que comandou a intervenção no Rio, para assumir a pasta ocupada pelo atual ministro Onyx Lorenzoni

Jair Bolsonaro estuda colocar o general Walter Braga Netto no comando da Casa Civil. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O governo federal deverá ter em breve mais uma rodada de mudanças no ministério. O presidente Jair Bolsonaro estuda colocar o general Walter Braga Netto no comando da Casa Civil, em substituição ao ministro Onyx Lorenzoni, que seria deslocado para a pasta da Cidadania. O convite já teria sido feito, embora oficialmente o governo não tenha se pronunciado.
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Braga Netto é o atual chefe do Estado-Maior do Exército e comandou a intervenção federal na Segurança Pública no Rio de Janeiro em 2018.
Braço da Presidência, a Casa Civil não costuma ser ocupada por militares, que tradicionalmente assumem o Gabinete de Segurança Institucional, nome atual da antiga Casa Militar. Se a troca for efetivada, Bolsonaro terá representantes das Forças Armadas entre os seus principais assessores diretos e que despacham com ele diariamente no Palácio do Planalto.
No grupo já estão os generais Augusto Heleno, atual chefe do GSI, e Luiz Eduardo Ramos, titular da Secretaria de Governo. A mudança também representa o avanço da ala militar, que disputa espaço e poder de influência no governo com a ala ideológica, associada aos filhos do presidente e aos seguidores do escritor Olavo de Carvalho.
Derretimento
Aliado de primeira hora deBolsonaro, Onyx é deputado federal licenciado e comandou a transição do governo após a vitória nas eleições de 2018. Agora, no entanto, está desprestigiado.
O ministro, que já havia perdido no ano ado a função de fazer a articulação política, perdeu há duas semanas a coordenação do Programa de Parcerias de Investimentos e viu a sua pasta ser esvaziada.
Como “prêmio de consolação”, o governo avalia a sua transferência para o Ministério da Cidadania, chefiado por Osmar Terra, que deve deixar o Planalto.
Terra tem sido questionado depois que a sua pasta contratou serviços de uma empresa suspeita de servir de laranja em esquema que desviou R$ 50 milhões dos cofres públicos.
Com Estadão Conteúdo
