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Geração Rayssa: skatistas do ES se inspiram na fadinha

A vitória da menina gerou grande repercussão entre a nova geração que pratica a modalidade no Espírito Santo

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Ana Clara de skate. Foto: Arquivo Pessoal

Rayssa Leal colocou seu nome na história do esporte brasileiro. Aos 13 anos, a atleta maranhense, conhecida como “Fadinha do Skate” tornou-se a medalhista mais jovem da história do país ao conquistar a prata na categoria street do skate, modalidade estreante na Olimpíada de Tóquio, no Ariake Sports Urban Park, na madrugada de segunda-feira (26). A vitória da menina gerou grande repercussão entre a nova geração que pratica a modalidade no Espírito Santo.

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Agora, o legado da mais jovem medalhista das Olimpíadas em 85 anos pavimenta os caminhos para uma geração de atletas possíveis. Assim como a Fadinha, Ana Clara Araújo Carvalho, 14 anos, espera voar alto. Ainda aos 6 anos, incentivada pelo irmão mais velho, começou a dar as primeiras remadas no skate. Mas, foi no ano ado, que menina ou a se dedicar muito mais e ver na modalidade street uma profissão.

“No ano ado, quando comecei a ver vídeos do skate para aprender manobras, eu conheci a Rayssa. Na hora eu pensei: ‘caramba! Essa menina manda para caramba’. E ela é tão pequenininha e faz coisas tão grandes. Ela é realmente uma inspiração por tudo que ela já conquistou, como os campeonatos e agora a Olimpíadas. Com toda certeza ela é uma das minhas principais inspirações no skate. Torci muito para ela durante a prova e gritei muito de alegria quando ela ganhou”, conta Ana Clara.

Ana Clara treina diariamente entre duas a quatro horas na Praça do Hi-Fi, em Maria Ortiz, Vitória. Em meio ao incentivo dos amigos skatistas, ela aprende novas manobras e comemora as vitórias. Devido à pandemia do novo coronavírus, a pequena ainda não conseguiu participar de nenhum campeonato, mas já se destaca nas pistas e é reconhecida entre os demais colegas.

Destaque nas pistas

Leonidas Rosindo Pereira Machado, 9 anos, teve o primeiro contato com o skate em meados de setembro do ano ado e já tem se destacado na pista do Atlântica Parque, em Vitória. Já nas primeiras remadas, o menino já mostrou familiaridade com o equipamento e habilidade no esporte. Nesse curto período, pouco mais de um ano, o pequeno já está enturmado com a galera e recebe dicas dos amigos para mandar as manobras.

“Ele sempre gostou muito de esportes radicais. No ano ado ele quis um skate de presente e nós o presenteamos. Então o levamos na pista para ele ver como era e percebemos que ele tem uma facilidade assustadora em aprender. Já no primeiro dia ele dropou na rampa e não se deixou intimidar pelos meninos mais velhos que já andavam. Ele tomou gosto de verdade e chega a treinar de três a cinco vezes por semana”, conta Eduardo Machado da Silva, pai de Leonidas.

O menino diagnosticado com dislexia tem apresentado uma melhora na concentração graças ao esporte. Para Eduardo, o esporte tem ajudado também na hiperatividade do filho, que gasta boa parte da energia em cima do skate e tem se esforçado para se concentrar e ter foco para realizar as manobras. A organização também entrou na rotina do pequeno, que ao sair da escola, já chega em casa e se arruma para ir para a pista treinar.

Ver o skate ganhar destaque nas Olimpíadas de Tóquio 2021 deixou Leonidas ainda mais animado com o esporte. “Ele estava eufórico. Ficamos acordados acompanhando tudo. E foi muito legal, afinal, todos ao redor dele só comentavam sobre a vitória da Rayssa. Ele ficou super feliz, só fala nisso. O skate se tornar um esporte olímpico é muito positivo para todos, inclusive para o país”, comentou Eduardo.

Aulas de skate

Leônidas tem como técnica a Aline Dantas, 38 anos, skatista há 23 anos. Ela é campeã brasileira da categoria master de 2019 e vice-presidente da Associação Capixaba de Skate. Para a treinadora, o menino é prodígio, e tem muita facilidade em aprender e disposição para encarar as pistas.

“O menino anda 4 horas sem parar, é impressionante. Ele tem tudo para crescer e ser destaque no estado na modalidade bowl. Ele já chega na pista e conhece todo mundo, já está ambientado”, diz a treinadora Aline.