Deputados questionam MEC sobre problemas do Enem

Os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PDT-SP) querem saber como foi o processo de elaboração do Enem deste ano, que gerou problemas como superlotação de salas e a necessidade de alunos remarcarem o exame. Os parlamentares em um requerimento de informação querem saber como que o Inep a Cesgranrio distribuíram os participantes. E perguntam ainda quantos estudantes foram impedidos de fazer a prova devido à lotação de salas. Isso com a abstenção de 51,5%.

“O Enem 2020 teve abstenção recorde e alunos impedidos de fazerem a prova em decorrência da lotação da capacidade máxima das salas e falhas graves de logística. Por mais um ano, o Enem falha em acolher os alunos e promover aos jovens o o ao ensino superior pura e simplesmente por falta de planejamento do MEC”, afirma a deputada Tabata.

“O exame foi um fracasso e expôs mais uma vez a incompetência da gestão da Educação”, disse Rigoni sobre o pedido de informação. O ministro Milton Ribeiro chegou a classificar o Enem de 2020 como “um sucesso”.

Não é a primeira vez que deputados tentam entender os problemas do Enem deste ano. A Comissão Externa da Câmara que acompanha o Ministério da Educação (Comex/MEC) enviou um ofício ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pedindo explicações sobre a reaplicação da prova. Na ocasião, o ofício foi assinado por Luisa Canziani (PTB-PR), Aliel Machado (PSB-PR), Tiago Mitraud (Novo-MG), Professor Israel Batista (PV-DF), Mariana Carvalho (PSDB-RO) e pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), além de Tabata e Rigoni.

Estadão