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Capixaba contaminado por cerveja segue em estado grave

Luiz Felippe Teles Ribeiro é de Marataízes e mora na capital mineira com a esposa. Seu sogro também foi contaminado e morreu no último dia 7

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Segue internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Unimed-BH, em Belo Horizonte (MG), o engenheiro capixaba Luiz Felippe Teles Ribeiro, 37. Ele é uma das oito pessoas contaminadas por dietilenoglicol, substância encontrada em amostras da cerveja Belorizontina, da marca mineira Backer. Luiz Felippe é de Marataízes (ES) e mora na capital mineira com a esposa.

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O sogro dele, Paschoal Dermatini Filho, 55, também foi contaminado e morreu no último dia 7.

Um amigo de Luiz Felippe que não quis ser identificado afirma que o engenheiro consumiu a cerveja durante confraternização de fim de ano. “Dias depois, ele falou em grupo de amigos (em uma rede social) que estava vomitando e com febre”.

O dietilenoglicol pode provocar lesões nos rins e fígado. A Backer recolheu lotes da bebida e disse que não usa a substância no processo de produção da cerveja.

Backer teve demissão com ameaça e até B.O

Um boletim de ocorrência por ameaça de morte foi registrado na Polícia Militar de Minas Gerais, em 19 de dezembro, por um supervisor da cervejaria Backer contra um funcionário demitido da empresa na manhã daquele dia. Os envolvidos são citados no relato de ameaça como “cervejeiros”. A Polícia Civil não confirmou que o atrito possa estar ligado à suposta contaminação da marca de cerveja Belorizontina pela substância dietilenoglicol, mas não descarta nenhuma linha de investigação.

Uma pessoa morreu e nove seguem internadas em hospitais da capital e região metropolitana com suspeita de terem bebido a cerveja. Segundo as autoridades de saúde, os registros dos casos na rede de saúde do Estado também começaram em 19 de dezembro.

O boletim de ocorrência indica que havia histórico de divergências entre os dois funcionários. À polícia, o cervejeiro apontado como vítima afirmou que ao ser informado da demissão, o outro cervejeiro “ficou muito nervoso e agressivo, sendo necessário ser contido por demais funcionários”. Disse, ainda, que o funcionário o ameaçou de morte.

Embora o boletim de ocorrência tenha sido registrado, a polícia informou que o cervejeiro não fez representação contra o colega demitido. A representação por ameaça pode ser feita até seis meses após a ocorrência. O delegado responsável pelo caso, Flávio Grossi, afirma que a PC não descarta nenhuma linha de investigação.

Na sexta-feira, o Ministério da Agricultura fechou a fábrica da Backer, que fica no bairro Olhos D’Água, Região Oeste de Belo Horizonte. A alegação foi de “risco iminente à saúde pública”. A pasta informou que a medida tem caráter “cautelar” e que “foram determinadas ações de fiscalização para a apreensão dos produtos que ainda se encontram no mercado”.