Observação do céu por povos originários é tema de palestra no Planetário

Planetário de Vitória fica na Ufes. Foto: Reprodução

Como os povos originários do Brasil observavam o céu? Quais saberes eles desenvolveram sobre os movimentos aparentes dos astros? Nos sítios arqueológicos encontrados em território nacional perduram os vestígios que são objetos de estudo de uma disciplina chamada Arqueoastronomia.

Nesta sexta-feira (31), estudantes e público em geral poderão conhecer um pouco mais sobre esse ado com a presença do historiador Gustavo Villa no Planetário de Vitória, a partir das 19 horas. Ele trará um panorama das pesquisas presentes na exposição itinerante “Astronomia na Arte Rupestre em Minas Gerais”, em exibição no saguão do espaço, com curadoria do professor Júlio Fabris. A atividade é gratuita e não é necessário fazer inscrição.

As pinturas rupestres ou “arte rupestre” correspondem a uma designação mais ou menos genérica de toda manifestação artística que utiliza a rocha como e. Ela engloba desenhos, esculturas, pinturas e gravuras que, longe de “uma arte pela arte”, constitui, de fato, o instrumento das crenças mágicas da arte nas cavernas, e o meio de registrar e comunicar realidades objetivas nas manifestações de cunho esquemático, confeccionadas ao ar livre.

Motivos com representações astronômicas ocorrem com relativa frequência, ficando evidente a importância dos astros para estas populações. Observações celestes estão implícitas também em registros associados a sistemas de marcação de tempo.

Os registros são resultado de pesquisas de campo realizadas pelo grupo de Astronomia e Astrofísica do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), no período de 2014 a 2015.

A exposição

Das 140 fotografias retiradas durante a pesquisa, foram selecionadas 38 para exibição em formato A3, distribuídas nos seguintes blocos temáticos: Lua, Vênus, Planetas, Cometas, Sol, Constelações e Estrelas e Contagem de Tempo.

A exposição consiste em um registro fotográfico em vários sítios arqueológicos em Minas Gerais, englobando 14 cidades mineiras: Andrelândia, Carrancas, Carmópolis, Pains, Cocais, Itambé do Mato Dentro, Lagoa Santa, Santana do Riacho, Conceição do Mato Dentro, Buenópolis, Varzelândia, Itacarambi, Januária e Montalvânia.

Serviço

Palestra “Astronomia na Arte Rupestre em Minas Gerais”, com o historiador Gustavo Villa

Quando: sexta-feira (31), às 19 horas.

Onde: Planetário de Vitória. Avenida Fernando Ferrari, 514, dentro do campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo.

Entrada gratuita.