Diversão

Humor em cena: ator Diogo Camargos apresenta duas peças no Sônia Cabral

O ator, diretor e dramaturgo mineiro Diogo Camargos desembarca em Vitória, no Sônia Cabral. Ele oferecerá um workshop e apresentará duas peças

Publicado

2 anos atrás

31/08/2023

Por

ES 360

Em tom de comédia, a peça “A última hora” é uma grande reflexão sobre como a sociedade está levando as suas vidas vidas. Foto: Divulgação

O ator, diretor e dramaturgo mineiro Diogo Camargos desembarca em Vitória, no Sônia Cabral, para uma verdadeira imersão artística e cultural. Na sexta-feira (01), ele comanda um workshop onde vai compartilhar seus conhecimentos sobre o universo do teatro; já no sábado (02), ele apresenta a peça “A última hora”, comédia que traz a reflexão de como estamos gastando o nosso tempo; e no domingo (03), ele volta para a apresentação da comédia Big Jato, adaptada do livro de Xico Sá.

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“A última hora” é uma peça performance que fala sobre o tempo. É uma grande reflexão sobre como a sociedade atual está levando suas vidas, como está a busca para evoluir e melhorar como seres humanos, pois qualquer hora pode ser a última. Por meio do protagonista, o público verá como as escolhas influenciam diretamente na saúde, no bem estar e na vida das pessoas ao redor.

Na peça o público acompanha duas vezes a mesma história; na primeira vez o protagonista é uma pessoa gentil e de bem com a vida e encara tudo com leveza e bom humor, e na segunda ele é uma pessoa desagradável com todos e só enxerga o lado negativo das coisas. “Com bastante senso de humor, esta peça quer levar o público à reflexão e tentar mostrar como podemos ser melhores para nós e para os outros e que ser feliz é também uma escolha”, explica Diogo Camargos.

Conhecimento de vida

Na forma de monólogo, a peça apresenta a história de um menino que conta, através do seu olhar de criança e do seu julgamento, as histórias de seu pai, de seu tio, de sua mãe e principalmente dele mesmo, desde as primeiras viagens junto ao pai na boleia do caminhão limpa fossas Big Jato, até sua fuga graças a ajuda do seu tio.

Ser fiel à obra do autor e ao local em que se a a história é imprescindível para todos que estão envolvidos no projeto, tanto no cenário do espetáculo, como no figurino e na iluminação, trazendo o espectador ao Cariri dos anos 70, à boleia de um caminhão Fenemê, ao olhar de um menino que ao crescer vai mostrando também o mundo do seu pai, o seu ídolo, que dirige um caminhão limpa fossas e lhe a todo o seu conhecimento da vida.

“Nosso intuito, com este projeto, não é só trazer a obra de Xico Sá a todos os lugares junto do universo dele e do sertão do Ceará nos anos 70, mas também trabalhar dentro da nossa proposta inicial, que é adaptar a literatura para o teatro de maneira lúdica e criativa, mas principalmente fiel ao autor, à sua obra, ao seu texto”, explica Diogo Camargos. A renomada Morgana Kretzmann assina a direção da montagem.

Comédia em tudo

Segundo Diogo, as pessoas costumam falar que o teatro que ele faz as leva à reflexão. “Eu acho que o teatro tem esse lugar também, por isso escolho temas que são universais. Mas como a minha vida é repleta de humor, eu vejo comédia em tudo e isso se reflete nos meus trabalhos. Eu gosto de comédia, eu faço comédia, eu amo ver as pessoas rindo no teatro e elas riem muito. Mas sempre sobra no final aquele pensamento que fica na nossa cabeça sobre o tema tratado e isso eu acho maravilhoso”.

A agem de Diogo Camargos por Vitória tem produção de José Celso Cavalieri.