Dinheiro
Mais de 100 empresas do ES já procuraram nova linha de crédito
Mesmo sem a regulamentação do Fundo de Proteção ao Emprego, empreendimentos já procuram o Bandes para a nova linha de R$ 250 milhões
Mais de 100 empresas do Espírito Santo afetadas pela pandemia da covid-19 já procuraram o Bandes para terem o ao Fundo de Proteção ao Emprego, um dos principais pacotes de crédito entre as medidas de proteção econômica anunciadas pelo governo do Espírito Santo há 11 dias. O fundo vai disponibilizar R$ 250 milhões para empreendimentos se recuperarem dos impactos econômicos com condições facilitadas. A operação vai começar em abril e ainda aguarda regulamentação para a análise dos cadastros começar de fato. O Bandes também opera as linhas Desenvolve Rio Doce, Fungetur e Finesp Saúde, mas a busca neste momento tem sido pela nova linha por oferecer melhores condições aos empresários.
Os atendimentos feitos até agora foram pelos canais online e as propostas de financiamento só vão ocorrer após a liberação da linha, momento em que as empresas também vão precisar apresentar a documentação. A expectativa do banco é que a análise seja feita o mais rápido possível, na medida em que as empresas entreguem a documentação corretamente. Nesse caso, a análise pode levar até 15 dias. Outra vantagem desta linha é o fato de não exigir certidões negativas, exceto a da previdência.
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Ainda não foi informado o valor médio do empréstimo que as empresas poderão retirar. Segundo o diretor-presidente do Bandes, Munir Abud, isso será definido em breve, após conversas com entidades que representam os setores da economia afetados pela pandemia para entender a real necessidade dos empresários. Até agora, ele diz que o ramo de turismo, onde se incluem bares, restaurantes e hotelaria, são os que mais procuraram o banco interessados no crédito.
Com a presunção de que foram os mais afetados durante a pandemia, esses setores vão ter condições ainda mais facilitadas de ter aceso ao crédito, visto que não será preciso mostrar a defasagem de receita e dados contábeis no período de covid que serão pedidos a outras atividades que buscarem o banco. “O objetivo é evitar que empresas com problemas pretéritos tenham o a um crédito de forma especial, que foi criado para socorrer quem mais precisa”, explica.
Abud explica a importância do volume de crédito disponibilizado pelo governo com a nova linha. Só para os empreendimentos afetados pela pandemia serão disponibilizados R$ 250 milhões, enquanto o orçamento do banco para o ano inteiro é R$ 280 milhões. “Toda a máquina do banco trabalha para prover desenvolvimento econômico. Com os R$ 250 milhões para recuperação econômica é como se o governo tivesse criado um outro banco. É duplicar o poder de fogo do Bandes. Não tem nada parecido em programas de recuperação econômica, com condições de juro facilitadas e desburocratizadas”, afirma.
Os detalhes das linhas de financiamento estão disponíveis no site do Bandes.
Microcrédito
Outras linhas de crédito voltadas a micro e pequenas empresas, autônomos e agricultores familiares são oferecidas pelo Banestes desde o ano ado no primeiro momento da pandemia. Segundo o banco, neste momento de novas ações da quarentena, a disponibilidade das linhas foi reforçada. De março do ano ado até o último dia 26, o Banestes já liberou mais de R$ 537 milhões nas linhas de crédito emergencial, em quase 16 mil operações de crédito, uma média de R$ 33 mil por crédito liberado. Segundo o diretor-presidente do banco, José Amarildo Casagrande, só em 2021 foram mais de R$ 41 milhões desse montante.
A linha Crédito Emergencial recebeu mais R$ 100 milhões de aporte do Banestes em março de 2021 e é destinada para empresas que tiveram dificuldade financeira pela pandemia da covid-19. Este modelo é voltado para capital de giro emergencial e tem taxas a partir de 0,32% ao mês + CDI, sendo a taxa máxima de até 0,64% ao mês + CDI. A carência é de até seis meses, com prazo máximo de parcelamento de até 48 meses, incluindo o período de carência.
Já quem é MEI ou autônomo pode buscar a linha microcrédito emergencial de juro zero com limite de R$ 5 mil de empréstimo, a ser pago em 24 parcelas, com carência de seis meses. Segundo o banco, o tempo de análise de crédito depende em cada uma das linhas, mas a média é de no máximo sete dias úteis. Até agora, mais de 6 mil pessoas foram atendidas nesta linha, que liberou R$ 31 milhões segundo Casagrande.
“Vejo muitas pessoas comentando que não conseguiram o ao crédito, mas não procuraram os canais corretos. As empresas devem buscar as agências do Banestes. Já os MEIs e autônomos precisam procurar o agente de crédito da Aderes para buscar as informações corretas e orientações para terem o aos programas”, orienta o presidente do Banestes.
Os critérios para aprovação e detalhes de cada linha disponíveis em www.banestes.com.br/estamosjuntos
