Dinheiro
Governo decide aumentar subsídio do Minha Casa Minha Vida
A meta é alcançar, até 2026, dois milhões de famílias considerando todas as faixas de renda

Conselho também decidiu pela correção no valor dos imóveis. Foto: Acervo CAIXA
Em reunião realizada nesta terça-feira (20), o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou medidas propostas pelo Ministério das Cidades, visando beneficiar principalmente as famílias de baixa renda que buscam financiamentos habitacionais através do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
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Uma das decisões tomadas foi a redução das taxas de juros oferecidas para famílias com renda de até R$ 2 mil mensais, com um desconto de 0,25%. Com essa mudança, os moradores das regiões Norte e Nordeste poderão realizar financiamentos com taxas de juros de até 4% ao ano. Já nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a taxa ficará em 4,75% ao ano para a faixa 1.
Além disso, houve um ajuste no limite de renda para se enquadrar na Faixa 1 do MCMV, que ou de R$ 2,4 mil para R$ 2,6 mil, conforme estabelecido pela Medida Provisória nº 1.162, aprovada pelo Congresso Nacional em 13 de junho. Com essa alteração, as famílias que se reenquadram terão uma redução adicional de 0,5% nas taxas de juros.
O Conselho também aprovou a ampliação do desconto oferecido no valor da entrada para a aquisição de imóveis. Até então limitado a R$ 47,5 mil, o subsídio concedido pelo FGTS foi aumentado para até R$ 55 mil. Vale ressaltar que esse limite não era revisado desde 2017.
As novas regras também possibilitam um aumento no valor médio do desconto para a Faixa 1 do programa. Com as medidas aprovadas pelo Conselho, uma família com renda mensal de R$ 1.650,00, ao adquirir um imóvel no valor de R$ 172 mil em Manaus (AM), por exemplo, terá um subsídio ampliado de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil.
Da mesma forma, uma família com renda de R$ 1.980,00, ao adquirir o mesmo imóvel, ará a ter o a um subsídio de R$ 41,8 mil, representando um aumento de 15% em relação ao valor anterior de R$ 36,4 mil.
Lula quer ampliar programa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou seu desejo de expandir o alcance do programa Minha Casa, Minha Vida para incluir famílias de classe média com rendimentos de até R$ 12 mil por mês.
Atualmente, o programa tem como foco principal facilitar o o ao financiamento habitacional para famílias que residem em áreas urbanas, com renda mensal bruta de até R$ 8 mil, e famílias de áreas rurais com renda bruta anual de até R$ 96 mil.
No entanto, o presidente Lula busca estender os benefícios do programa para um segmento mais abrangente da população, visando atender também aqueles com rendimentos que se enquadram na faixa de classe média.
Essa proposta de ampliação do Minha Casa, Minha Vida tem como objetivo oferecer oportunidades de moradia digna e ível para um número maior de famílias brasileiras, permitindo que também as famílias de classe média possam se beneficiar das políticas públicas de habitação.
“Nós precisamos fazer não apenas o Minha Casa, Minha Vida para as pessoas mais pobres. Precisamos fazer o Minha Casa, Minha Vida para a classe média. O cara que ganha R$ 10 mil, R$ 12 mil, R$ 8 mil esse cara também quer ter uma casa e esse cara quer ter uma casa melhor”, disse o presidente.
