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Funcionário da Caixa é preso em flagrante fraudando auxílio

Levantamentos iniciais confirmaram um desvio de R$ 140 mil. Estima-se, que os valores totais possam alcançar R$ 1 milhão

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Nascidos em março podem sacar auxílio referente a ciclos 5 e 6. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Auxílio emergencial. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Um funcionário da Caixa Econômica Federal foi preso em flagrante, nesta sexta-feira (22), suspeito de participar de um esquema de fraudes envolvendo recursos do auxílio emergencial. Os levantamentos iniciais confirmaram um desvio de R$ 140 mil e, estima-se, que os valores totais possam alcançar R$ 1 milhão. A operação contou com as Policiais Federais da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários, com apoio da Coordenação Nacional de Segurança e Fraude da Caixa Econômica Federal.

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O auxílio emergencial é um benefício financeiro, criado pelo Governo Federal, destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, tendo como objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do coronavírus. A Polícia Federal ressaltou que a fraude nesse caso, portanto, além de crime, é um ato de desumanidade.

A Coordenação Nacional de Segurança e Fraude da Caixa Econômica Federal percebeu a atividade suspeita e alertou a Polícia Federal. Já na agência da Caixa, policiais federais efetuaram a prisão no momento em que o funcionário praticava o crime.

Segundo a Polícia Federal, a fraude consistia na alteração de dados cadastrais dos reais beneficiários, para que outras pessoas pudessem receber indevidamente o valor do auxílio emergencial. O empregado da Caixa era informado sobre os beneficiários que deveriam ter seus dados alterados, como telefone e e-mail. Isso permitia que, depois, os fraudadores tivessem o aos valores.

Basicamente o funcionário recebia uma lista de Fs, verificava as contas vinculadas com saldo do auxílio emergencial, alterava as senhas, reava as novas senhas para quem lhe enviava os Fs e, este, transferia os valores para contas de “laranjas”. Um percentual das parcelas do auxílio emergencial era devolvido ao funcionário do banco.

Levado para a sede da PF, o homem informou que foi aliciado por meio de mensagens eletrônicas, que não conheceu o aliciador, mas confessou que vinha realizando as fraudes desde o fim do ano ado.

A Polícia Federal revelou que os levantamentos iniciais confirmaram um desvio de R$ 140 mil e, estima-se, que os valores totais possam alcançar R$ 1 milhão.

O funcionário da Caixa poderá ser responsabilizado, inicialmente, pelo crime de Inserção de Dados Falsos em Sistemas de Informações (Art. 313-A do Código Penal) com uma pena que pode chegar a 12 (doze) anos de prisão.