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O setor de bares e restaurantes segue enfrentando problemas para se manter na pandemia do novo coronavírus. Após o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) acatar o pedido de liminar feito pelo governo do Estado e pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e suspender a lei municipal de Vitória que flexibilizava o horário de funcionamento do comércio não essencial na última quinta-feira (27), empresário lançaram uma campanha nas redes sociais pedindo a reabertura do setor até às 22 horas.
De portas fechadas há cinco meses devido à pandemia do novo coronavírus, comerciantes se vêem sem fôlego para continuar respeitando o decreto do governo do estado que permite o funcionamento de restaurantes de segunda a domingo, até às 18 horas. “Estamos prejudicados com o horário estabelecido, afinal, nosso público começa a chegar no final do expediente, ou seja, à noite. A lei que flexibilizava o horário nos ajudou muito, mesmo que tenhamos que trabalhar com meses reduzidas e apenas até às 22 horas”, desabafou o gerente de um restaurante da Mata da Praia.
Na campanha que ganhou força nas redes sociais com a #naodeixefecharaconta, comerciantes frisam que a última coisa que querem é prejudicar as pessoas, pelo contrário, querem manter os empregos e ver a economia girar. Um trecho do texto afirma: “35% do setor de restaurantes já faliu, não deixe que esse número aumente, governador. Ajude os milhões de trabalhadores do ramo a continuarem trabalhando e sustentando suas famílias. Em respeito aos colaboradores, fornecedores e a nós mesmos, nos mantivemos em casa durante o período necessário para diminuir a curva e ajudar a salvar vidas, mas está na hora de retomar, com os devidos cuidados e respeito pela vida. Mas consideramos respeito pela vida, também manter as pessoas trabalhando para sustentarem sua famílias”.
Os empresários que estão tentando respeitar as regras impostas para o controle da pandemia sofrem com o prejuízo. “Nossos clientes observam a movimentação na cidade e nos questionam se vamos abrir. Fica difícil permanecer fechado num cenário onde outros não estão, o delivery não segura. Por isso decidimos abrir na última sexta-feira. A fiscalização bateu e nos notificou, enquanto outros estabelecimentos continuavam abertos do nosso lado. Eles alegam que só fiscalizam sob denúncia. É injusto. Ou deixa todos trabalharem ou fecham todos. Assim fica bem complicado, é desanimador”, conta o proprietário de um restaurante também na Mata da Praia.
O presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Espírito Santo (Sindbares), Rodrigo Vervloet, frisa que o sindicato apoia e fomenta a campanha dos empresários. Ele argumenta que a retomada das atividades do setor é necessária, uma vez que mais de 4 mil estabelecimentos no estado fecharam suas portas, diminuindo ainda mais as oportunidades de emprego.
“Estamos tentando entendimentos com o governo do estado, visto que, os índices de contágio e de óbitos continuaram caindo muito, o que só leva a concluir que os protocolos adotados na retomada das atividades são plenamente eficazes”, ressaltou o presidente do Sindbares.