Cresce o número de mulheres à frente do agronegócio no ES

Jéssica é produtora agrícola. Foto: Divulgação

As mulheres ocupam um espaço importante no campo. Um de seus diferenciais é a possibilidade de usar a sensibilidade, tão característica delas, como uma importante ferramenta em seu trabalho de avaliação de risco e de atuação no agronegócio.

Uma prova de que a participação delas no cenário agro tem crescido cada vez mais é um recente levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que aponta que cerca de 947 mil propriedades rurais no Brasil são geridas por mulheres. Ao todo, são 30 milhões de hectares istrados por gestoras.

Segundo a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), elas são responsáveis por até 30% das propriedades rurais no Brasil.

A engenheira agrônoma Jéssica Lovatte Bozi é uma dessas mulheres. Ela é sócio-proprietária da Fazenda Nagayama, em Prado (Sul da Bahia), com 252 hectares de café.

A paixão pela agricultura começou com o seu pai. A família é capixaba, mas acabou decidindo ampliar as áreas de café para o estado vizinho.

Para expandir e modernizar os negócios, Jéssica buscou a Hydra Irrigações. As áreas de café pertencentes à família usavam, até então, sistemas de sequeiro e irrigação por aspersão.

Agora, parte está sendo irrigada por gotejamento, que propicia mais eficiência e economia de recursos para os produtores.

“Na época de renovação de áreas, procuramos sistemas de irrigação, plantio, espaçamento e materiais genéticos compatíveis com o que vivemos. A irrigação é um ponto muito importante, pois, sem ela, não é possível atingir os níveis mais altos da produção”, destacou Jéssica.

Economia

Ela pontuou, ainda, que o sistema de irrigação por gotejamento otimiza tempo e traz economia. “Como tenho uma área grande para renovar, consigo economia maior de fertilizantes e fraciono as adubações. Fazendo a fertirrigação diariamente, quanto mais fracionada, consigo ter melhor resposta da planta no tempo ideal pra absorver todos os nutrientes. Minha expectativa é renovar toda a área e alcançar produções maiores com esse sistema moderno, reduzindo custos com fertilizantes, mão de obra e economia de água”.

Para usufruir ao máximo das potencialidades dos equipamentos e galgar um salto nas produtividades atuais, Jéssica fez o projeto completo, incluindo Fertikit, além de adotar os critérios de manejo orientados pela Hydra, por meio do e agronômico da empresa.

Abel Fonseca, engenheiro agrícola e gerente comercial da Hydra Irrigações, destacou que o maior desafio na Fazenda Nagayama foi participar do planejamento e da transição dos sistemas antigos para os sistemas de alta precisão, como gotejamento.

“Foi necessária uma mudança na metodologia de manejo. Com gotejamento, a fazenda vai economizar água, possibilitando a expansão da área irrigada”, explicou o especialista.