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Após cinco anos, Samarco reinicia produção em Anchieta

A capacidade de produção inicial deve ser de cerca de 7 a 8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano (Mtpa), o que representa cerca de 26% de sua capacidade produtiva total

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Complexo de Ubu, em Anchieta. Foto: Divulgação Samarco

Cinco anos após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), a Samarco deu início nesta quarta-feira (23), à produção de pelotas de minério de ferro em sua usina de pelotização em Ubu, em Anchieta, no litoral Sul do Espírito Santo. A produção das primeiras pelotas marca o reinício das operações da Samarco, por meio das atividades integradas nos Complexos de Germano (MG) e Ubu (ES).

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Após os licenciamentos ambientais e implantação e novos processos e disposição de rejeitos, aprovados pela Licença Operacional Corretiva (“LOC”), espera-se atualmente que a capacidade de produção inicial seja de cerca de 7 a 8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano (Mtpa), o que representa cerca de 26% de sua capacidade produtiva total.

Para o reinício gradual da produção, a empresa reativou um dos seus três concentradores, no Complexo de Germano, e a usina de pelotização 4, no Complexo de Ubu. Em outubro e novembro de 2020, foram realizados os comissionamentos a frio e a quente das estruturas, que são testes que verificam o funcionamento elétrico-mecânico dos equipamentos necessários para garantir a segurança das operações.

“Tomamos a decisão de retornar de uma forma gradual, com muita segurança e usando novas tecnologias. Este momento reflete o compromisso da empresa com o reinício sustentável, a segurança operacional, o meio ambiente e o relacionamento com as comunidades. Estamos comprometidos com uma mineração moderna, segura e sustentável”, destacou o diretor-presidente da Samarco, Rodrigo Vilela.

O cumprimento de todas as análises, estudos e ações necessários aos processos de licenciamento ambiental foram determinantes para o reinício das atividades da Samarco. A empresa obteve, em outubro de 2019, a Licença de Operação Corretiva (LOC) aprovada pela Câmara de Atividades Minerárias (CMI), do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Entretanto, optou por reiniciar suas operações somente após a implementação do novo sistema e processos de disposição de rejeitos, que inclui a Cava Alegria Sul e a planta de filtragem de rejeitos para empilhamento a seco.

Novos processos

Para a operação do primeiro concentrador, espera-se que o sistema de filtragem de rejeitos em funcionamento permita que cerca de 80% do total de rejeitos sejam empilhados a seco na Cava Alegria do Sul após o beneficiamento. Os 20% de resíduos remanescentes, compostos por água e finos de minério, serão levados para a Cava Alegria Sul, um espaço confinado em uma estrutura de formação natural rochosa que aumenta a segurança. No sistema de filtragem de rejeitos, espera-se que toda a água extraída seja reutilizada nas operações, reforçando as práticas de sustentabilidade inovadoras dos processos da Samarco. Comprometida com a segurança de suas estruturas geotécnicas, a Samarco conta com o Centro de Monitoramento e Inspeção (CMI), que atua em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana.