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Ufes pede doações de aparelhos eletrônicos para alunos de baixa renda

Projeto busca atender alunos de baixa renda da instituição que não possuem aparelhos eletrônicos em casa para acompanhar as aulas

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Ufes aprova ensino remoto; matrículas para o semestre especial começam dia 31. Foto: Chico Guedes

Ufes aprova ensino remoto; matrículas para o semestre especial começam dia 31 de agosto. Foto: Chico Guedes

Longe das salas de aula há mais de cinco meses, os alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) já se preparam para retornar às atividades acadêmicas pelo Ensino-Aprendizagem Remoto Temporário e Emergencial (Earte), aprovado na última terça-feira (18). E para driblar uma das principais reclamações dos universitários, que é a falta de inclusão digital, o projeto da Ufes “Solidariedade Digital” vai promover uma campanha de doações de equipamentos de informática e de valores em dinheiro, até o início de setembro.

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“No atual cenário do distanciamento social devido à pandemia que vivemos, o não o à internet agrava ainda mais a desigualdade social e compromete o nosso desenvolvimento. Prover condições de o à informação e a conteúdos acadêmicos por meio da internet aos estudantes universitários colocados na faixa de vulnerabilidade econômica e social é prioridade”, afirma o pró-reitor de Extensão, Renato Rodrigues Neto, que coordena o projeto. A campanha conta com apoio da Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest) e busca envolver tanto pessoas físicas quanto empresas.

As máquinas doadas podem ser entregues diretamente no Laboratório de Adequação de Equipamentos de TI, montado no Centro Tecnológico (CT), no campus de Goiabeiras, ou, em caso de grandes quantidades, a entrega deve ser agendada no Setor de Integração com o Setor Público e Privado da Pró-Reitoria de Extensão (Proex). As doações em dinheiro devem ser feitas mediante depósito em conta da Fest, aberta exclusivamente para esse fim: CNPJ 02.980.103/0001-90, Banco do Brasil (nº 001), agência 4292-7, conta 122.499-9.

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Serão mais de 23 mil estudantes de graduação e de pós-graduação presenciais participando do Earte, dos quais 6.798 (quase 30%) estão cadastrados nos programas de assistência estudantil da universidade. Os programas incluem alunos com renda de até 1,5 salário mínimo, muitas vezes sem condições de o adequado à internet.

Desigualdade

Embora o ensino remoto seja visto como saída da crise do novo coronavírus, muitos estudantes de baixa renda da Ufes reclamam da falta de o à internet ou alegam não ter os aparelhos eletrônicos necessários para acompanhar as aulas em casa. Conforme aprovado em reuniões do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), o início do semestre letivo especial será no dia 9 de setembro, com término no dia 15 de dezembro.

Antes da pandemia, eles tinham como opção frequentar os laboratórios de informática existentes nos campi da universidade, em São Mateus, Alegre e Vitória, para fazerem suas atividades. Mas isso caiu por terra em 17 de março, quando houve a suspensão das atividades presenciais na instituição.

Segundo Rodrigues Neto, o fechamento desses espaços devido à imposição do distanciamento social que revelou a exclusão digital. A ideia do coordenador é manter o projeto em fluxo contínuo, mesmo no período pós-pandemia.

Assim que as doações começarem a ser realizadas, a Fest disponibilizará, em seu site, uma página para acompanhamento dos valores arrecadados e para prestação de contas. Mais informações sobre o projeto de extensão estarão disponíveis no site da Proex.

Recuperação

Computadores da Ufes am por concerto para atender alunos do Earte. Foto: Rodrigo Laiola/Reprodução

Enquanto esperam pelas doações, uma equipe de professores e estudantes do Centro Tecnológico (CT) da Ufes está tentando recuperar computadores que estavam parados na própria universidade por problemas técnicos, com a intenção de destiná-los para os alunos do Auxílio Inclusão Digital Emergencial. Até o momento, 52 aparelhos estão sob a revisão dos técnicos, sendo que 27 já aram por triagem, pequenos ajustes e, em alguns casos, consertos maiores.

A expectativa é que empresas públicas e privadas também façam doações de equipamentos para o projeto após a divulgação de um edital. “Estamos fazendo um projeto piloto com os equipamentos recolhidos pela Pró-Reitoria de istração (Proad). A manutenção envolve hardwares e softwares”, diz o professor André Ferreira, do departamento de Engenharia Elétrica.

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Segundo Ferreira, a equipe verifica se as máquinas estão operativas, faz remoção de vírus e troca de peças, instala programas e deixa tudo pronto para ser usado novamente. Também estão sendo instalados sistemas operacionais abertos e softwares livres. “Nossa preocupação é entregar uma máquina com bom desempenho e boa experiência de usuário, pronta para o o às plataformas que o estudante vai precisar”, afirmou. Alguns itens, diz o professor, ainda dependem de decisões do grupo que está discutindo o projeto de inclusão digital, como a conexão de internet que será disponibilizada para os alunos e o e técnico posterior que será oferecido.

As máquinas prontas serão enviadas à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci), à qual caberá fazer o ree para os estudantes beneficiados na chamada do auxílio, cujo resultado final será divulgado no dia 28 de agosto.