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Tite não esconde incômodo e se alia a Casemiro na seleção: ‘Em paz comigo mesmo’

Técnico corrobora declaração de seu capitão sobre a forma como a Copa América foi oficializada pela CBF no País após a vitória do Brasil contra o Equador

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Tite, técnico da seleção brasileira. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Tite, técnico da seleção brasileira. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O técnico Tite não conseguiu esconder seu incômodo com a atual situação entre comissão técnica e jogadores contra a CBF por causa da imposição de a seleção brasileira ter de jogar a Copa América no Brasil e da forma com que a competição veio parar no País sem consultar os atletas.. Visivelmente incomodado com o assunto e um tanto triste, o treinador garantiu que está trabalhando normalmente. O Brasil ganhou de 2 a 0 do Equador, no Beira-Rio. Tite evitou falar em adeus no cargo e garantiu estar em paz consigo mesmo. Ele também elogiou seu capitão Casemiro, que itiu o incômodo com a situação.

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Por compromisso, Tite deu coletiva após a vitória com o Equador. Se enrolou em algumas respostas táticas e quando o assunto foi sua manutenção no comando da seleção após a polêmica dos últimos dias, ele se esquivou bastante e jogou a decisão para frente. Mas deixou claro estar com os jogadores, que não querem atuar na Copa América e pedem explicações da CBF.

“Estou fazendo o meu trabalho normalmente, estou em paz comigo mesmo”, afirmou, sem tanta convicção nas palavras. “Tem uma resposta que eu guardo que o (Barack) Obama deu para o (Pedro) Bial. Ele disse: “minhas adversidades são pequenas em relação à uma série de outras pessoas com problemas maiores, de saúde, alimentação…’ Faço o que gosto, pressões são normais.”

Tite preferiu não esticar a polêmica sobre a Copa América. Apenas sacramentou as palavras do capitão Casemiro, ao fim do jogo. “O Casemiro foi muito feliz na resposta que deu na saída de campo. É o pensamento que nós temos. E temos consciência também. Há a hora certa para falar a coisa certa.” Quando questionado se foi seu jogo de despedida no Brasil, o treinador apenas itiu que muitas hipóteses seriam levantadas após ele revelar a insatisfação do grupo com a Copa América e pediu total averiguação para não surgirem versões forçadas. “Sabia que surgiriam essas hipóteses”.

Para brindar o elenco de um conturbado momento extracampo, ele foi econômico ao revelar sua tática. Simulando apontar para o campo, disse o que pediu ao time: “Joga bola, vai lá e joga bola.” E usou de uma certa ironia para explicar as comemorações com abraço nele, entre o grupo todo, após os gols. “Alegria de 15 pontos em cinco jogos. De ganhar após sete meses sem jogar juntos.” Os jogadores deixaram o campo todos juntos.

À vontade mesmo, só quando o assunto foi bola rolando. Tite revelou que a seleção tem duas formas de jogar e que a modificação que fez, com a saída de Fred para a entrada de Gabriel Jesus, vital para a busca da vitória, não foi a programada. Lucas Paquetá seria o substituído, mas a pressão pelo segundo cartão amarelo em Fred e sua consequente expulsão o fez mudar a troca de emergência. “Na minha primeira impressão não foi falta para cartão. Um jogador experiente tem de jogar pressionado com o amarelo, mas estavam forçando e tirei Fred, que já não vinha bem no primeiro tempo.”