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Sob risco de lockdown, governo do ES anuncia mais leitos neste mês

Um dia depois de atingir 89,5% da ocupação de leitos de UTI, secretaria de Saúde do ES diz que serão abertos mais 110 leitos de UTI para covid-19

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Secretário de Saúde do Espírito Santo Nesio Fernandes e subsecretári Luiz Carlos Reblin. Foto: Divulgação/Sesa

Neste mês de julho, serão abertos mais 110 leitos de UTI para pacientes com covid-19 na Grande Vitória e também no interior do Espírito Santo. O secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, disse que essa é a quinta e última fase de expansão da rede hospitalar para chegar ao número de 820 leitos de UTI para atender pacientes com covid. “Se contarmos os leitos de enfermaria, podemos chegar a ter de 1600 a 1800 leitos para atender pessoas com covid-19”, disse Nesio.

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O anúncio foi feito um dia depois que a ocupação dos leitos de UTI da rede pública em todo o estado chegou a 89,5%, muito próximo dos 91% determinantes para adoção de medidas de risco extremo, também chamado de lockdown, onde há restrição mais severa da circulação de pessoas e atividades econômicas.

Segundo o governo do estado, nas regras atuais da matriz de risco, o lockdown pode ser decretado 48 horas depois que o ocupação dos leitos de UTI ultraar 91%. Atualmente, na matriz de risco que começou a valer nesta segunda-feira (06), não há nenhum município em risco extremo. Mas as regras para a classificação da matriz de risco podem mudar ainda nesta semana, já que o governo está elaborando novas regras que devem ser apresentadas em breve, segundo o secretário de Saúde.

“Tivemos três dias seguidos de crescimento na ocupação de leitos, o que levantou um alerta porque pode representar sim um aumento da demanda por assistência hospitalar. Hoje vemos que a estratégia definida em março foi acertada e conseguimos acompanhar a evolução da doença sem sobrecarregar o sistema”, avaliou Nesio.

O secretário também atribuiu o aumento na pressão por vagas em unidades de terapia intensiva à diminuição no isolamento social registrada nas duas últimas semanas.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, destacou a importância de manter o isolamento social para não sobrecarregar os hospitais. “De nada resolve a abertura de novos leitos se não cumprirmos com a nossa parte de permanecer em casa e sair só se for necessário. A falta de distanciamento amplia a transmissão da doença e a necessidade de internação”, frisa.