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Sede da Adufes é alvo de ataque homofóbico no Dia do Orgulho LGBTQIA+

Bandeiras em alusão ao Dia do Orgulho LGBTQIA+ foram roubadas e na porta foram coladas mensagens com conteúdo homofóbico

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Sede da Adufes antes de ato homofóbico. Foto: Divulgação

Decorada com bandeiras em alusão ao Dia do Orgulho LGBTQIA+, a sede da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes) recebeu ataques homofóbicos na manhã desta terça-feira (28). Bandeiras do movimento foram roubadas e na porta de vidro foram coladas mensagens com conteúdo homofóbico.

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Depois do ocorrido, um ato será realizado às 16 horas, ainda nesta terça, 28, na frente da Adufes, no campus de Goiabeiras da Ufes, repudiando o ato LGBTQIA+fóbico. Uma grande bandeira do movimento será exibida no local.

Para o Dia do Orgulho LGBTQIA+, comemorado neste 28 de junho, a sede do sindicato foi decorada com quatro bandeiras símbolo do movimento LGBTQIA+. Duas ficaram no ambiente interno e duas, na fachada (foto acima).

O Sindicato informou que está tomando todas as providências cabíveis e agregando manifestações de movimentos, entidades e agentes públicos para o enfrentamento a esta forma de discriminação, aversão e ódio, que inferioriza as pessoas LGBTQIA+ por afirmarem suas existências.

Mensagens deixadas na sede da Adufes, que estava decorada para o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Foto: Divulgação

Confira a nota oficial da Adufes

NOTA DE REPÚDIO AO ATAQUE LGBTQIA+FÓBICO NA SEDE DA ADUFES

A diretoria da Adufes – Seção Sindical do Andes Sindicato Nacional – vem a público manifestar seu mais veemente repúdio ao ataque LGBTQIA+fóbico, efetuado entre segunda e terça, dias 27 e 28, em nossa sede, no campus da Universidade Federal do Espírito Santo, em Goiabeiras, Vitória – ES.

Para o dia do orgulho LGBTQIA+, comemorado neste 28 de junho, a sede do sindicato foi decorada com quatro bandeiras arco-íris, símbolo do movimento LGBTQIA+. Duas ficaram no ambiente interno e duas, na fachada. Na manhã desta terça, nossos funcionários, ao chegarem à sede, encontraram dois bilhetes com conteúdo homofóbico colados no vidro da porta da Adufes e constataram que uma das bandeiras havia sido roubada e a outra, rasgada.

Nosso sindicato está tomando todas as providências cabíveis e agregando manifestações de movimentos, entidades e agentes públicos para o enfrentamento a esta forma de discriminação, aversão e ódio, que inferioriza as pessoas LGBTQIA+ por afirmarem suas existências a contrapelo do padrão socialmente referenciado na heteronormatividade, na binariedade e na cisnormatividade e imposto à sociedade.

O crime cometido nesta madrugada não foi apenas contra nossa sede, nem somente contra nossa posição política a respeito das múltiplas formas de opressão. O crime cometido foi direcionado à existência mesma das pessoas LGBTQIA+ e isso não será tolerado, mas tratado pela Adufes a partir do devido reconhecimento de sua gravidade. A LGBTQIA+fobia é tipificada como crime pelo Superior Tribunal Federal e tem sido objeto de luta jurídica e também de movimentos, coletivos e entidades de organização da classe trabalhadora e da sociedade civil, o que, contudo, não tem sido suficiente para refrear os recorrentes casos de violações de direitos humanos e a quantidade de assassinatos de pessoas LGBTQIA+.

Como um dos países mais violentos do mundo para pessoas LGBTQIA+, o Brasil vive um contexto de obscurantismo, retrocessos e violência em franco ascenso, expressos tanto no ataque LGBTQIA+fóbico ora repudiado, quanto nos atos de vandalismo recentes que temos enfrentado, que resultaram na destruição de faixas de defesa da universidade pública e invasão de nossos espaços virtuais. Reafirmamos nossa posição contra todas as formas de opressão e violência e seguiremos lutamos ombro a ombro por uma sociedade para todas, todos, todes, respondendo sempre à altura, quando a intolerância e o ódio derem as caras nos espaços que continuaremos ocupando altivamente.