Dia a dia
Secretaria da Saúde afirma que não há subnotificação de mortes pela covid no ES
A declaração foi feita pelo secretário da Saúde, Nésio Fernandes e confirmada pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin

Nesio Fernandes e Luiz Carlos Reblin. Foto: Divulgação
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nega que haja subnotificação de mortes em decorrência do novo coronavírus no Espírito Santo. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (4) pelo secretário da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin. A informação sobre notificações de óbitos no país foi publicada pelo portal UOL. Segundo o colunista Leonardo Sakamoto, a direção da Fiocruz calcula em 60 mil o número de mortes pela covid não notificadas no país.
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Para o secretário da Saúde, o Espírito Santo tem um dos melhores sistemas de informação de óbitos pela covid-19 do Brasil. Ele argumentou que todos os óbitos em solo capixaba com suspeita de doença respiratória são testado em laboratório e confirmados por prática clínica.
“O Sistema de Informação em Saúde e-SUS Vigilância em Saúde (VS), implantado no ano ado no nosso estado, garantiu a capilarização dos registros de óbitos de todos os municípios tanto na rede pública, quanto na privada. E esse bom desempenho acaba refletindo no nosso alto número de vítimas registradas, isso por não ter subnotificação”, frisou o secretário.
O subsecretário de Vigilância em Saúde lembrou ainda que há fases de processamento dos óbitos. Primeiro, a equipe ou profissional que atendeu a vítima vai emitir um laudo confirmando a doença ou especificando a suspeita. Em seguida, a declaração é levada ao cartório para emitir a certidão de óbito. Nesse momento, entra a sala de situação da pandemia, que analisa todas as informações de óbitos do estado.
“Nós temos mais de 6,5 mil óbitos notificados, dentre eles, 5.124 confirmados até o momento. Nem todos os suspeitos se confirmam para a covid-19. A sala de situação faz a primeira avaliação e depois a o caso para uma equipe de médicos revisores que vão avaliar todas as informações coletadas e lançar os dados no Centro de Informação de Mortalidade. Esse sistema alimenta o banco de dados dos municípios, do estado e até o nacional”, detalhou Reblin.
Segundo Nésio, a Secretaria da Saúde tem uma produção documental robusta da totalidade de óbitos em decorrência da covid-19 que ocorreram no Espírito Santo. A ideia é que possa vir a ser usado no futuro como material para pesquisa científica, investigação epidemiológica ou mesmo para reconhecer maiores características do vírus na população capixaba.
