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Saiba como se proteger e agir em caso de incêndio no condomínio

Major do Corpo de Bombeiros dá dicas sobre qual deve ser a atitude do morador do apartamento e dos demais condôminos em casos como o da Praia do Canto

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Criança de 4 anos morres após incêndio na Praia do Canto. Foto: Reprodução

Criança de 4 anos morres após incêndio na Praia do Canto. Foto: Reprodução

Incêndios podem acontecer em qualquer lugar, como ocorreu na última segunda-feira (19), em um edifício da Praia do Canto, em Vitória, que resultou na morte de uma criança de 4 anos. Em condomínios, casos de incêndios podem ser reduzidos com algumas medidas de segurança. Nesses casos, o conhecimento sobre a ação correta e eficiência na hora da evasão é fundamental para salvar vidas. Mas o que fazer nessas horas? Qual deve ser a atitude do morador do apartamento e dos demais condôminos?

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O assessor de comunicação do Corpo de Bombeiro, major Fábio Maurício Rodrigues Pereira, alerta que além do prédio contar com o sistema contra incêndio, como luzes, alarmes e saídas de emergência, extintores e portas corta-fogo, o condomínio deve ter um plano de abandono, que determine as atitudes necessárias para prevenir e minimizar acidentes, que podem ser fatais.

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“Quando o morador identifica o incêndio, ele deve se evadir do local conduzindo crianças e pessoas com dificuldade de locomoção. O abandono deve ser imediato e pelas escadas de emergência. Assim que for saindo, todas as portas devem ser fechadas, assim retardará a propagação do fogo e da fumaça. O elevador não deve ser usado em situação de fogo no prédio”, explicou o major.

O major lembra que, caso o incêndio tenha começado com uma proporção pequena e aos olhos do morador, ele deve analisar se é possível se aproximar com o extintor e apagar as chamas. Caso seja seguro, o condômino deve agir de forma rápida. Lembrando que há tipos de extintores de incêndio adequados para cada chama e conhecê-los é fundamental para saber qual usar em cada situação, minimizando os acidentes. O extintor triclasse apaga os três tipos de incêndio. Com ele, não precisa identificar a classe do fogo antes de utilizar o equipamento.

Muitas mortes durante incêndios no interior de edificações costumam ocorrer não por queimaduras, mas sim pela inalação da fumaça. Isso ocorre porque o fogo e as pessoas competem pelo mesmo recurso: o oxigênio. Mas a falta desse elemento nos incapacita rapidamente e, muitas vezes, não dá tempo para chegar a um lugar seguro. À medida que as chamas se espalham pelo interior de um edifício, o fogo vai consumindo o oxigênio disponível e, além disso, a combustão incompleta dos materiais queimados libera gases tóxicos que nos envenenam.

Segundo o Corpo de Bombeiros, se há fumaça, é melhor manter-se próximo ao solo e engatinhar para um lugar seguro para minimizar a inalação de gases tóxicos. Se para escapar for preciso ar por um cômodo cheio de fumaça, usar uma toalha (de preferência molhada, mas apenas se houver tempo) sobre o nariz e a boca pode te ajudar a filtrar as partículas de fumaça para proteger os pulmões. É melhor não respirar pela boca, já que o nariz consegue filtrar melhor as partículas de combustão suspensas no ar.

Ainda de acordo com o major, o Corpo de Bombeiros oferece um curso de formação de Brigadista Eventual, um investimento importante para o condomínio, onde serão ministrados treinamentos básicos de primeiros socorros e combate a incêndio. A duração é de 20 horas e o valor é de: R$ 280,67 (curso); R$ 52,63 (avaliação) e R$ 35,08 (certificação).