fbpx

Dia a dia

Rodoviários protestam em Vitória pela volta dos cobradores

Iniciado por volta das 6h, o ato seguiu pela avenida Vitória, em duas faixas da pista, em direção ao Palácio Anchieta, no Centro da capital

Publicado

em

Protesto dos rodoviários nesta sexta-feira, em Vitória. Foto: Renato Rocha

Protesto dos rodoviários nesta sexta-feira, em Vitória. Foto: Renato Rocha

Motoristas e cobradores do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Espírito Santo (Sindirodoviários) protestaram na manhã desta sexta-feira (27) em Vitória pelo retorno dos cobradores às suas funções. A categoria foi afastada dos coletivos em maio de 2020, ainda no início da pandemia, quando o dinheiro físico deixou de ser usado como forma de pagamento no sistema Transcol.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

O ato começou por volta das 6h na praça de Jucutuquara. Com faixas, cartazes e carros de som, a categoria seguiu pela avenida Vitória em direção ao Palácio Anchieta, no Centro da capital, ocupando duas faixas da pista. Por volta das 9h30, em frente a sede do governo capixaba, os rodoviários usaram os microfones para chamar a atenção do governador Renato Casagrande. O ato foi encerrado na sequência, por volta das 10h45.

“Comércio, cerimoniais e outros serviços estão em pleno funcionamento. Então porque os cobradores não podem voltar a trabalhar? Alguns foram realocados em outras funções, mas outros continuam em casa. Os salários e benefícios estão sendo pagos, mas eles querem reassumir seus postos de trabalho. E apesar da estabilidade de emprego que nos foi garantida, algumas empresas estão demitindo esses profissionais. Portanto, vamos entrar com uma ação na Justiça para acabar isso”, disse o presidente dos rodoviários, Marcos Alexandre.

Procuradas, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de ageiros do Espírito Santo (Ceturb-ES) e o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) não comentaram o caso.

Entenda

No ano de 2019, o governo do Estado já planejava a redução do uso do dinheiro no ônibus e o aumento da utilização do cartão GV nos coletivos, com o anúncio da implantação até 2022 de 600 ônibus com ar-condicionado, que não possuem a cadeira de cobrador. Com a pandemia, o sistema automático de cobrança foi implantado e desde maio de 2020 os cobradores foram afastados de suas funções, com base em recomendações de autoridades sanitárias do Estado.

Os profissionais afastados foram incluídos na Medida Provisória do governo Federal com suspensão da jornada de trabalho de maio a dezembro, recebendo um benefício do Ministério da Economia. O programa do governo Federal teve validade até dezembro. Por ele, os cobradores têm direito a 14 meses de estabilidade (o dobro do período da suspensão da jornada), que se encerra em julho.

Os cobradores afirmam que temem demissão em massa da categoria. O governo do Estado, porém, garante que eles têm mais 20 meses de estabilidade após julho por causa de um acordo firmado em 2019 com a categoria após protesto dos rodoviários contra a implantação dos ônibus com ar-condicionado e sem cobradores.