Dia a dia
Reorganização do calendário escolar após pandemia pode juntar 2020 e 2021 no ES
A alternativa de conectar os dois anos letivos ainda não foi discutida pela pasta

Sala de aula. Foto: Wokandapix/Pixabay
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A necessidade de fechar escolas para aumentar o distanciamento social e, com isso, diminuir a transmissão do coronavírus está impactando todo o sistema educativo. Reorganizar o calendário letivo é um dos principais desafios da Sedu (Secretaria de Estado da Educação). E a junção dos anos letivos de 2020 e 2021 em um só é uma das possibilidades estudadas pelo governo, de acordo com o secretário de Educação, Vitor de Angelo.
Caso seja levada adiante, a medida seria adotada para alunos de todas as séries até o segundo ano. O secretário ressaltou que a opção não valeria para alunos que estão no 3º ano do Ensino Médio, porque esses estudantes estão se preparando para participar de processos seletivos para ingressar em universidades.
Em uma transmissão ao vivo no Instagram, Vitor de Angelo frisou que no pior cenário apontado por especialistas, as escolas podem ficar fechadas até setembro. Isso significaria que caso haja necessidade de concluir o ano letivo até dezembro de 2020, os professores precisariam ministrar o conteúdo de quatro semestres em apenas dois.
“Pensando em semestres, se nós perdermos dois semestres e trabalharmos todo o conteúdo de 2020 em um semestre só, nós perdemos 50% do ano. Se pensarmos em juntar o ano de 2020 com 2021, são quatro semestres e a perda do primeiro semestre deste ano representaria 25% disso. Então, a perda para o aluno é muito menor do que a gente correr para terminar tudo em 2020”, esclareceu o secretário.
Retorno às aulas
Com a data de volta às aulas ainda em aberto, o secretário de Educação aponta a possibilidade de um esquema de rodízio entre grupos no retorno às aulas presenciais. A Sedu está observando exemplos de outros países que aram pela pandemia para organizar um novo modelo.
“Essa volta não será assim: ‘olha, segunda-feira, a escola está aberta com os mesmos horários de aula’. Isso não vai acontecer. A gente vai precisar fazer uma acolhida. Precisaremos pensar em um grupo voltando em rodízio com outro grupo durante um tempo, de modo a resolver as questões de saúde e, ao mesmo tempo, dar os primeiros os para a retomadas das aulas presenciais”, disse Vitor de Angelo.
Ainda de acordo com o secretário, no retorno, é necessário fazer uma avaliação diagnóstica para ver o grau de aprendizado dos estudantes durante o período da pandemia. Será feito o mapeamento de sala por sala, série por série, e a partir do resultado, serão traçadas ações de reforço para diminuir as perdas de aprendizado entre os alunos.
