Dia a dia
Relembre os desabamentos em prédios que impactaram o ES
O colapso de partes de estruturas de edifícios não é raridade na Grande Vitória
No dia 22 de abril, o desabamento de uma piscina do prédio residencial Parador, na orla da Praia de Itaparica, em Vila Velha, assustou os moradores. O colapso de partes de estruturas de edifícios não é raridade na Grande Vitória. Relembre alguns desabamentos que aconteceram nos últimos cinco anos e impactaram os capixabas:
Vila Velha

Piscina do condomínio Parador após explosão nesta quinta-feira (22). Foto: Reprodução
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Uma piscina do edifício Parador, na orla de Itaparica, em Vila Velha, na Grande Vitória, desabou em cima da garagem na noite do dia 22 de abril deste ano. Nenhum morador ficou ferido. O prédio precisou ser evacuado e parte da orla do bairro foi interditada durante os trabalhos da Defesa Civil.
A piscina ficava na área de lazer do prédio. Com a queda, a água saiu pela garagem, os veículos que estavam estacionados não foram atingidos.
O edifício Parador foi entregue pela construtora Argo em 2018. Em nota, a construtora reforçou que o desabamento não deixou feridos e informou que está dando a assistência necessária aos moradores.
Os moradores do edifício começaram a voltar para casa nesta quarta-feira (28). Após autorização da Defesa Civil municipal, os moradores fizeram uma reunião na noite desta terça-feira (27) para definirem sobre o retorno. Parte deles resolveu voltar para casa e outros vão aguardar o laudo final que será contratado pelo condomínio para averiguar as condições estruturais de todo o prédio, que foi entregue há três anos.
Até sábado (1º), os moradores dos 90 apartamentos vão ter de informar à construtora se decidem ficar ou não no prédio. Nesta quarta, em torno de 15 a 20 famílias começaram a voltar para o prédio.
Padre Gabriel, em Cariacica

Caixa d’água caiu sobre um dos prédios do condomínio São Roque, em Cariacica. Foto: Twitter/Corpo de Bombeiros
Duas caixas d’água de aço com cerca de 15 metros de altura cada uma cederam dentro do condomínio São Roque, no bairro Padre Gabriel, em Cariacica. O acidente aconteceu no dia 30 de dezembro de 2020, duas semanas depois da inauguração dos edifícios formado por 496 apartamentos.
Na hora do desabamento, um homem fazia a manutenção em uma das caixas, quando ela caiu em cima do quinto andar de um dos prédios. Jucelino Roncon foi encontrado no teto do prédio atingido. A vítima foi hospitalizada em estado grave após o acidente, morreu no dia 31 de dezembro.
Jucelino Roncon era proprietário de uma empresa de prestação de serviços chamada Hingas construções. A informação é de que Jucelino realizava um serviço em uma das caixas-d’água no momento do acidente. A construtora Cobra Engenharia informou que prestou toda a assistência à família.
A Gerência de Habitação, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cidade e Meio Ambiente (Semdec) informa que os apartamentos no condomínio São Roque II foram liberados e entregues novamente aos moradores no 16 de fevereiro deste ano.
São Diogo II, na Serra

Caixa d’água em São Diogo corre o risco de desabar. Foto: Reprodução de vídeo
Cerca de 50 famílias do condomínio Cancun Top Life, no bairro São Diogo II, na Serra, tiveram que deixar seus apartamentos no dia 16 de fevereiro deste ano. A caixa d’água apresentou uma anomalia e estava se inclinado na direção de um dos blocos.
O empreendimento foi entregue há cinco anos pela construtora do condomínio e, nesse período, não houve acionamentos de assistência técnica pelo condomínio sobre a estrutura do castelo de água. A MRV disse que foi contratado um perito para orientar o condomínio quanto aos possíveis reparos. A empresa comentou ainda que a manutenção que estava sendo realizada no castelo d’agua do empreendimento foi solicitado pelo condomínio e não foi realizada pela construtora.
Enseada do Suá, em Vitória
O condomínio de luxo Grand Parc Residencial Resort, na Enseada do Suá, em Vitória, é conhecido por um dos casos mais graves de acidentes em condomínios no Espírito Santo. Toda a área de lazer desabou na madrugada dia 19 de julho de 2016, às 3 horas. Quatro pessoas ficaram feridas e um porteiro ficou desaparecido até as 17 horas. Dejair das Neves, na época com 49 anos, foi encontrado morto. Pelo menos 50 carros foram totalmente destruídos.
Os 166 apartamentos das três torres foram interditados após o acidente e só voltaram a ser liberados em setembro de 2019, depois que o empreendimento foi reformado. Foi feito um reforço na fundação de todo o condomínio, reformas em geral e melhorias, como a ampliação do salão de festas, a duplicação da área da academia, piscina aquecida e garagem para carros elétricos.
Por causa do desabamento e da morte do porteiro Djair das Neves, os quatro engenheiros responsáveis pela obra foram denunciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). A Cyrela disse que fez acordo com 97% das famílias prejudicadas com o acidente e que também deu assistência à família do porteiro que morreu.

Área de lazer do Grand Parc desabou na madrugada do dia 19 de julho de 2016. Um porteiro morreu e outras 4 pessoas ficaram feridas. Foto: Chico Guedes
