Dia a dia
Quarentena reduziu pressão sobre leitos de UTI “comuns”
Explicação foi dada pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, em texto publicado nas redes sociais
O aumento da ocupação de leitos exclusivos de UTI para pacientes com covid-19 foi parcialmente compensado, no Espírito Santo, pela redução na necessidade de atendimento para pacientes de outras doenças ou vítimas de traumas. A afirmação foi feita pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, em uma rede social na noite de sábado, dia 3. Nésio atribui esse quadro às medidas restritivas adotadas pelo governo do estado. “A Quarentena/Lockdown reduz a competição pelos recursos hospitalares com outras doenças: caem traumas e condições clínicas/cirúrgicas. No período da quarentena no ES a demanda diária por leito clínico não-COVID caiu 32,80%. Já a demanda por COVID-19 aumentou 61,47%”, diz o secretário na abertura de seu texto.
Nésio também aborda a criação de mais leitos para covid, tanto para UTI quanto para enfermaria, e prevê a possibilidade de o sistema de saúde, tanto público quanto privado, ter maior capacidade de resposta à fase de aceleração e, depois, de estabilização da pandemia no estado. “Na atual fase de ampliação de leitos, entre 13/03-31/04/21 serão 824 leitos/COVID-19 abertos, que associados a diminuição de outras demandas, permitirão que o SUS se prepare com maior rapidez para responder a fase de aceleração/estabilidade da pandemia no ES”, afirma ele.Em seguida, o secretário completa: “O mesmo ocorre com a rede privada que, ao suspender cirurgias eletivas e receber menor pressão por outras doenças, pode ampliar sua capacidade de atendimento.”
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
Após detalhar a situação das UTI’s no estado e também falar sobre a expansão do serviço prestado pelo Samu, Nésio conclui seu texto pedindo o apoio da população na busca de tentar conter a pandemia. “Não é possível resultado positivo com improviso. O que fizemos ao longo da pandemia foi analisar/prever cenários possíveis e desenhar estratégias para reduzir seus riscos e preparar o sistema para sua materialização. Precisamos da colaboração de todos para seguir resistindo”, diz o secretário. Confira a seguir o texto completo, com os gráficos, publicado por ele em uma rede social:
A Quarentena/Lockdown reduz a competição pelos recursos hospitalares com outras doenças: caem traumas e condições clínicas/cirúrgicas.
No período da quarentena no ES a demanda diária por leito clínico não-COVID caiu 32,80%. Já a demanda por COVID-19 aumentou 61,47%. pic.twitter.com/YgH0v0ucTt
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
Na atual fase de ampliação de leitos, entre 13/03-31/04/21 serão 824 leitos/COVID-19 abertos, que associados a diminuição de outras demandas, permitirão que o SUS se prepare com maior rapidez para responder a fase de aceleração/estabilidade da pandemia no ES.
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
O mesmo ocorre com a rede privada que, ao suspender cirurgias eletivas e receber menor pressão por outras doenças, pode ampliar sua capacidade de atendimento.
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
No dia 15 de abril, início da primeira expansão de casos no Espírito Santo, tínhamos 159 leitos de UTI-COVID. Em todas as etapas o @GovernoES se antecipou com diversas estratégias de ampliação de leitos. Decidimos fortalecer o SUS. Sem campanha, ampliamos leitos definitivos. pic.twitter.com/x9gO9C3jWI
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
Os 10,23% de participação de leitos da rede privada no SUS são importantes, mas não representam a coluna vertebral da estratégia. A estratégia do governo fortaleceu também o setor filantrópico. pic.twitter.com/5tlgzERGio
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
Durante o interstício da 1ª e 2ª expansão vivemos um período onde a espera por leito no SUS viveu seu melhor período desde sua criação. Além de aperfeiçoamentos o processo de regulação, o aumento da disponibilidade de leitos ampliados deu força ao SUS e o ao paciente.
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
Até o final de abril chegaremos a 1.100 leitos de UTI/COVID no ES. Com a "Matriz de Risco" manteremos medidas restritivas para salvar vidas, avançaremos na vacinação da população, estimularemos que todos os municípios tenham leis que obriguem o uso de máscaras.
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
A "Matriz de Risco" manteve 3/4 da população no risco extremo. Por 14 dias, teremos alternância com 4 dias de fechamento e 3 dias de abertura restrita (horário reduzido/protocolos) para algumas atividades econômicas e grande parte de atividades proibidas como bares e festas. pic.twitter.com/eMgtiRSE9B
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
Na pandemia pela COVID-19 é grande a proporção de infectados não-doentes e de doentes com quadros muito leves. Entre estes, a percepção de risco e a busca por serviços médicos para devido diagnóstico fica prejudicada e sua livre circulação mantém a alta replicação da doença.
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
Ainda atendemos a carga de doentes da pré-quarentena.
🚑🚑🚑 Com eles, o SAMU alcançou record de remoções/dia que resultou em internações hospitalares. No dia 28/03 foram 182. pic.twitter.com/xVDzEWUprm
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
🚑 Em dezembro de 2019, lançamos a política de expansão do SAMU-192 para todo o Estado. Antes da expansão, tínhamos 9 Unidades de e Avançado (USA) e 26 Unidades de e Básico (USB). Hoje temos 20 USA e 60 USB. Ainda vamos ampliar mais municípios na região sul/noroeste.
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
Não é possível resultado positivo com improviso. O que fizemos ao longo da pandemia foi analisar/prever cenários possíveis e desenhar estratégias para reduzir seus riscos e preparar o sistema para sua materialização.
Precisamos da colaboração de todos para seguir resistindo.
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
Medidas de apoio econômico foram adotadas aos setores afetados pela quarentena e medidas sociais as pessoas em condições de maior vulnerabilidade.
É possível derrotar o vírus sem que você ou um ente querido morra: vivendo a quarentena e usando máscaras, o risco é menor.
— Nésio Fernandes (@dr_nesio) April 3, 2021
