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Pessoas com deficiência estudam menos e maioria é mulher no ES

Dados do Censo 2022 mostram que 7,2% da população capixaba tem algum tipo de deficiência

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No Espírito Santo, a maioria das pessoas com deficiência têm acima de 50 anos. Foto: Divulgação (Agência Brasil)

 O Espírito Santo registrou, em 2022, um total de 268,8 mil pessoas com deficiência entre os 3,7 milhões de habitantes com dois anos ou mais de idade. Isso representa 7,2% da população estadual, segundo dados do Censo do IBGE.

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A pesquisa mostra que a deficiência está fortemente associada ao envelhecimento. Cerca de 34% delas têm entre 60 e 79 anos, enquanto esse percentual é de apenas 13% entre aqueles sem deficiência. Na faixa etária de 80 anos ou mais, a diferença é ainda maior: 12,6% com deficiência, contra apenas 1,5% sem.

Entre os 268,8 mil capixabas com algum tipo de deficiência, a dificuldade para enxergar lidera as queixas, atingindo 144,3 mil pessoas. Em seguida aparecem limitações para andar ou subir degraus (100,8 mil), para se comunicar, cuidar de si, trabalhar ou estudar (53,2 mil), para pegar objetos pequenos (52,4 mil) e para ouvir (46,5 mil).

Os dados mostram ainda que em 15,4% dos domicílios capixabas há pelo menos um morador com deficiência, incluindo adultos e crianças.

A escolaridade também revela uma grande desigualdade. Entre os moradores do Espírito Santo com 15 anos ou mais, 49,6 mil eram analfabetos em 2022 — o equivalente a 19,5% desse grupo. Essa taxa é mais que o triplo do índice observado na população geral (5,3%).

Já entre as pessoas com 25 anos ou mais, 64% das que têm deficiência não possuíam instrução ou não haviam concluído o ensino fundamental. Entre os que não têm deficiência, essa proporção era de 32%.

O Censo Demográfico de 2022 revelou ainda que a maior parte das pessoas com deficiência no Espírito Santo se identifica como parda ou branca. Entre os 268,8 mil capixabas com algum tipo de deficiência, cerca de 129,5 mil se declararam pardos e 102,8 mil, brancos.

Na sequência, o levantamento do IBGE apontou aproximadamente 34,9 mil pessoas pretas com deficiência no estado. Já entre os indígenas, foram identificadas 1,3 mil pessoas. O número de pessoas amarelas foi de 331.

O recorte por cor ou raça permite entender as desigualdades enfrentadas por diferentes grupos sociais e reforça a importância de políticas públicas específicas para garantir inclusão e o a direitos básicos, como saúde e educação.