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Dia a dia

Pacote de cortes na Ufes afeta mais uma vez a segurança

Medidas vão desde a redução do número de câmeras de videomonitoramento à diminuição da frequência de limpeza

Publicado

em

Ufes, Goiabeiras

A poda também deve ser afetada com a redução de gastos na universidade. Fotos: Chico Guedes

O retorno das aulas dos estudantes da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), no próximo dia 12 de agosto, deve vir acompanhado de uma série de novos cortes de gastos. As medidas são estudadas pela universidade e vão desde a redução do número de câmeras de videomonitoramento à diminuição da frequência de limpeza e poda nos campi. Também será realizada uma campanha para redução do uso do ar-condicionado em salas de aula e espaços istrativos.

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Em julho, a Ufes e as demais universidades do país receberam apenas 5% do orçamento total de custeio (usado para pagamento de contas e contratos) do ano. Por mês, o ree deveria ser de pouco mais de 8% do total, explica o pró-reitor de Planejamento da Ufes, Anilton Salles Garcia. Mesmo com a previsão de contingenciamento de 30% para todas as universidades neste ano, ele afirma ter sido pego de surpresa. “Até junho, o pagamento estava normal, e esperávamos que continuasse”, diz.

Uma das propostas da universidade é manter apenas câmeras de videomonitoramento em locais estratégicos. Atualmente, os campi contam com quase 500 câmeras, e o objetivo é reduzir o número para diminuir custos com aluguel dos equipamentos. O pró-reitor garante que a segurança não será comprometida porque a Ufes conta, desde o ano ado, com a presença da Polícia Militar. Também está em estudo uma integração do sistema de videomonitoramento da Ufes com o Ciodes para agilizar os atendimentos a ocorrências.

Outro corte analisado é o da poda, que deve deixar de ser feita permanentemente para ocorrer a cada dois ou três meses. Já a limpeza interna de prédios pode ar a ser realizada uma vez por semana. Hoje, ela acontece três vezes por semana.

“Não temos alternativa que não seja fazer ajustes. Nosso desafio é manter a universidade funcionando com qualidade. A única coisa que não a pelas nossas discussões é a universidade parar de funcionar”, diz o pró-reitor.

Universidade quer implantar usina de energia em setembro

Em setembro, a Ufes pretende iniciar a operação de uma usina fotovoltaica de geração de energia que, quando estiver operando na sua capacidade total, poderá reduzir a conta de energia elétrica da universidade em até 50%. Atualmente, a universidade gasta cerca de R$ 17 milhões por ano com energia elétrica.

As placas solares já estão sendo instaladas em edifícios como o da Biblioteca Central e do CCJE (Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas), no campus de Goiabeiras, em Vitória, e a expectativa é que a capacidade total seja atingida até o final do ano.

Até lá, a ideia é combater o principal “vilão” da conta de energia da universidade: o ar-condicionado. Diretores, professores e estudantes serão convocados a reduzir o uso dos aparelhos.

“A ideia é racionalizar o uso. Em dias mais frescos, podemos não utilizar os aparelhos, se for possível. Também podemos criar espaços de estudos para os alunos que ficam na universidade fora do horário de aula, evitando o uso de várias salas ao mesmo tempo com poucos alunos em cada uma delas”, explica o pró-reitor de Planejamento, Anilton Salles Garcia.

O que esperar da Universidade no 2º semestre

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Em julho, a Ufes recebeu pouco mais de R$ 3,5 milhões para custeio, quando o esperado era cerca de R$ 6 milhões. Parte do recurso é destinada à assistência estudantil e não pode sofrer cortes. O pagamento de bolsas e auxílios aos estudantes hoje, custa entre R$ 1,2 milhões e R$ 1,5 milhões por mês.

Novos Cortes

Pelo menos quatro cortes principais estão sendo analisados para terem início já no retorno às aulas, em agosto. A perspectiva é reduzir novamente contratos de segurança, limpeza e poda, além de diminuir o consumo de energia.

Vigilância

Uma das possibilidades é reduzir o número de câmeras de vigilância e manter equipamentos apenas em locais estratégicos. Hoje, são quase 500 câmeras nos quatro campi. A Ufes também conta com a atuação de 50 Policiais Militares. Uma nova turma deve começar a atuar no segundo semestre.

Contratos e energia

A frequência de poda dos gramados e de limpeza de prédios também deverá ser reduzida para diminuir o número de funcionários contratados. Também serão feitas ações para reduzir o uso de aparelhos de ar-condicionado nos campi.