Dia a dia
Outono pede cuidados redobrados com a bronquiolite
Os pequenos são as vítimas preferenciais da bronquiolite, porque seu sistema imune ainda não está maduro para combater direito o agente viral

Bebê. Foto: FreePik
Tosse seca, respiração com chiado no peito, falta de ar e choro frequente podem ser sinais de bronquiolite. Em geral, sua causa é o vírus sincicial respiratório (VSR), que ataca principalmente crianças, sendo o pico de incidência da doença em bebês de até 3 meses de vida.
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A pneumologista da Unimed Vitória Cilea Aparecida Victoria Martins que a incidência da bronquiolite é maior durante este período de outono e inverno, além do alto grau de contagiosidade, com riscos maiores em crianças que frequentam creche e escolinhas.
Os pequenos são as vítimas preferenciais da bronquiolite, porque seu sistema imune ainda não está maduro para combater direito o agente viral. O VSR é altamente contagioso – ele é transmitido pelo ar, por toque e mesmo por objetos contaminados.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Os sintomas iniciais são bem parecidos com os de um resfriado: nariz entupido, coriza, tosse e espirros que podem ser acompanhados de febre ou não. Depois dos primeiros dias com esses sintomas, um terço dos bebês podem apresentar piora e tem comprometimento dos pulmões, ando a ter falta de ar, respiração rápida, esforço para inspirar e expirar, e queda da oxigenação conforme as vias aéreas mais inferiores (bronquíolos) são afetadas. O pico de piora costuma acontecer entre o terceiro e o quinto dia após o início dos sintomas. Alguns casos evoluem para insuficiência respiratória, o que requer hospitalização para tratamento.
COMO PREVINIR?
Como se espalha pelo ar com facilidade, o ideal é evitar situações que expõem o bebê a grandes aglomerações, em especial nas primeiras seis semanas de vida. “Também se deve evitar o contato da criança com adultos com sintomas de gripe ou resfriado — nada de colo ou carinho nessas ocasiões”, pontua a drª Cilea.
A recomendação é que lavar sempre as mãos das crianças e as suas, um cuidado fundamental para evitar diversas doenças. Mantenha também em dia a carteira de vacinação, para que não haja infecção mista, ou seja, além da bronquiolite, outro vírus ou uma bactéria instale-se e complique o quadro.
COMO É FEITO O TRATAMENTO?
“Nos casos mais leves, quando não há desconforto respiratório (tosse com chiado ou falta de ar), você pode cuidar de seu filho em casa, controlando a febre e mantendo-o sempre hidratado. A internação só é necessária quando a criança precisa de cuidados mais específicos no hospital”, explicou a pneumologista.
Se a bronquiolite não for tratada, pode provocar desidratação, insuficiência respiratória e evoluir para pneumonias, quando outras áreas dos pulmões são afetadas por micro-organismos. Em algumas situações de agravamento da bronquiolite, o bebê pode até mesmo seguir para a unidade de tratamento intensivo (UTI).
