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Operação no Espírito Santo apura fraude na compra de testes de covid-19

A ação foi deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e cumpre 74 mandados de busca e apreensão em sete Estados

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O Ministério Público do Distrito Federal e a Polícia Civil deflagraram na manhã desta quinta, 2, a Operação Falso Negativo, para apurar irregularidades na compra de testes para a Covid-19 pelo governo do DF. De acordo com a Promotoria do DF, são cumpridos 74 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em mais sete Estados, incluindo o Espírito Santo. Completam a lista Bahia, Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

A operação investiga os crimes de organização criminosa, fraude em licitação, cartel, lavagem de dinheiro e corrupção iva e ativa. Contratos fechados por meio de dispensa de licitação ultraam R$ 73 milhões. A Promotoria também investiga suposto superfaturamento de R$ 30 milhões. Além disso, segundo os investigadores, os testes comprados “seriam imprestáveis para a detecção eficiente ou de baixa qualidade na detecção” do novo coronavírus.

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No Espírito Santo, a operação foi realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual com apoio da Polícia Militar. O órgão não comentou sobre os investigados. Disse apenas que a apuração dos fatos seguirá com a análise dos documentos apreendidos, de mídias e de dispositivos móveis, que serão encaminhados ao Gaeco do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

Entre os alvos confirmados da operação estão o subsecretário de istração Geral da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Iohan Andrade Struck e o diretor do Laboratório Central do DF, Jorge Antônio Chamon Júnior. Buscas foram realizadas na casa de Struck, na Secretaria de Saúde do DF, no Laboratório Central de Saúde Pública e na Farmácia central.

Defesa

O Governo do DF de manifestou por meio de nota: “Todos os testes comprados, recebidos através de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde tem o certificado da Anvisa e portanto foram testados e aprovados pelo órgão Federal. Quanto aos preços, representam os valores praticados no mercado e as compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas.”

Procurada, a Sesa (Secretaria de Estado do Espírito Santo) disse que ainda não recebeu nenhuma diligência das instituições envolvidas.