Dia a dia
Óbitos por causas naturais crescem 9% no Espírito Santo
O maior crescimento se deu ao comparar as mortes no mês de maio, que subiram 24%, ando de 2012 em 2019 para 2501 em 2020

Cartórios registram aumentos de óbitos por causas naturais. Foto: Agência Brasil
No Espírito Santo, o número de óbitos por causas naturais entre os meses de março e maio deste ano cresceram 9,32% em comparação com o mesmo período do ano ado. No Brasil, o crescimento foi um pouco maior, 11,3%. Os dados correspondem ao total de registros deste tipo de morte lançados pelos Cartórios de Registro Civil no Portal da Transparência, plataforma online istrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).
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De março a maio, foram registradas 6311 mortes por causas naturais no Espírito Santo, enquanto em 2019 o número era de 5773 óbitos. O número também cresceu considerando janeiro a maio, com 10.021 mortes este ano contra 9.295 em 2019, um aumento de 7,81%. O maior crescimento se deu ao comparar as mortes no mês de maio, que subiram 24%, ando de 2012 em 2019 para 2501 em 2020.
Segundo a Arpen-Brasil, as mortes por causas naturais são aquelas resultantes de uma doença ou de um mau funcionamento interno do corpo, assim listadas pelos médicos que preenchem as Declarações de Óbitos (DOs), documento que atesta o falecimento e dá origem à certidão de óbito feita em Cartório para o sepultamento. Nesta classificação estão incluídas as mortes por COVID-19 e demais doenças respiratórias.
Em números absolutos o Brasil viu crescer 32.249 óbitos entre os meses de março e maio, ando de 284.928 mortes por causas naturais em 2019, para 317.177 falecimentos em 2020. Por ainda estar dentro do prazo legal para o lançamento dos dados no Portal, o mês de junho não foi contabilizado no levantamento feito no Portal da Transparência nesta segunda-feira (15).
Já o total de óbitos no País durante este mesmo período registrou aumento de 8,8%, ando de 304.676 em 2019, para 331.775 em 2020. Os dados também mostram crescimento entre os meses deste ano, aumentando 7,2% em abril em comparação ao mês de março, e 12,5% em maio na comparação com o mês anterior. Em 2019, o aumento entre estes mesmos meses havia sido de 8,3% e 7,2% respectivamente.
Em relação a outros estados, o Amazonas teve o maior crescimento de mortes no período: um aumento de 84,6%, seguido pelos estados do Ceará (34,1%), Pará (28,8%), Pernambuco (28,7%) e Rio de Janeiro (22,9%). São Paulo registrou aumento de 9,5%, ando de 76.821 em 2019, para 84.172 em 2020. Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal e Rio Grande do Sul viram o número de óbitos por causas naturais diminuir na comparação com o ano de 2019.
Mortes violentas caem no Brasil
Na avaliação da Arpen, a quarentena adotada em vários estados contribuiu, de maneira significativa, para que o número de mortes no País não fosse ainda maior e não sobrecarregasse, ainda mais, o sistema de saúde das diferentes unidades da Federação durante a pandemia. O fechamento de bares, casas noturnas e mesmo a significativa redução de automóveis em circulação nas ruas, avenidas e estradas fez com que o número de mortes violentas no País tivesse uma redução de 26% neste ano, em comparação a 2019.
Mortes violentas são aquelas que correspondem às causas externas, entres elas os acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, afogamento, envenenamento, queimaduras, entre outros. Estas causas, que em 2019 representaram 19.748 óbitos nestes três meses, caíram para 14.598 em 2020. Considerando-se os cinco primeiros meses do ano, a redução é de 20,3%, ando de 40.593 no ano ado para 32.347 neste ano.
