Dia a dia
“No Espírito Santo não faltam médicos para novos leitos de UTI”, rebate cooperativa
No estado há um total de 11.809 médicos que atuam em diversas especialidades, sendo que desses, 200 são intensivistas

Profissionais da Saúde. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Na tentativa de desafogar os hospitais e evitar o colapso do sistema de Saúde, o governo do Estado tem empenhado esforços na abertura de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para pacientes com o novo coronavírus na rede pública. No entanto, o Executivo Estadual alega ter esbarrado na falta de profissionais da saúde capacitados e até mesmo de insumos para a ampliação dos leitos.
O presidente da Cooperati-ES, Luiz Gustavo Genelhu, concedeu entrevista à BandNews FM:
A Cooperativa dos Médicos Intensivistas do Estado do Espírito Santo (Cooperati-ES), responsável pela coordenação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), garante que há médicos suficientes para atender a demanda do estado. “É temerário afirmar limitação à ampliação de leitos de UTI e risco de colapso por falta de profissionais. Queremos reafirmar que não é por falta de médicos que o Espírito Santo está impossibilitado de prover mais de leitos de Terapia Intensiva”, escreveu em nota.
O presidente da Cooperati-ES, Luiz Gustavo Genelhu, detalhou que no estado há um total de 11.809 médicos que atuam em diversas especialidades, sendo que desses, 200 são intensivistas. Ele aponta ainda que a regulamentação do Conselho Federal de Medicina recomenda que deve haver um médico plantonista e um médico de rotina para cada 10 leitos de UTI. A cada 20 leitos de UTI também deve ter um médico para coordenar o atendimento.
“Aumentando a oferta de leitos de UTI, o governo do Estado pode contratar médicos de outras especialidades, como cardiologia, neurologia, angiologia, anestesiologia, entre tantas outras que estejam aptos a atuarem, para integrar equipes coordenadas por médicos intensivistas. A Resolução 2.271/2020 do Conselho Federal de Medicina permite isso. O que não pode é colocar médico e paciente em risco”, explicou Genelhu.
O presidente da cooperativa reforça ainda que todas as medidas de prevenção à covid-19 devem ser colocadas em prática. É fundamental o distanciamento social, a utilização de máscaras que cubram a boca e o nariz, a frequente higienização das mãos, inclusive com uso de álcool. Genelhu ressalta ainda que a vacina pode ajudar a conter a pandemia, porém, como ainda não está disponível a todos, é necessário a contribuição pessoal para impedir o avanço da doença.
