Dia a dia
No 1º dia de quarentena, apenas 34,6% da população ficou em casa no ES
O movimento nas ruas era menos intenso do que em dias normais, mas ainda sim era possível ver muitas pessoas circulando

Calçadão de Camburi, em Vitória. Foto: Danielli Saquetto
Apesar do aumento de casos de covid-19, pressão nos hospitais público e privados, e o anúncio de medidas restritivas, os índices de isolamento social no Espírito Santo ainda estão distantes dos 70% preconizados por especialistas para frear a disseminação do coronavírus.
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De acordo com dados da In Loco, que monitora a localização por GPS de 60 milhões de telefones celulares, nesta quinta-feira (18), primeiro dia da quarentena adotada pelo governo do Estado, apenas 34,6% da população respeitou as medidas restritivas e permaneceu em casa.
O índice no Brasil estava em 35,9% nessa quinta-feira. Em abril e maio do ano ado, quando a taxa de isolamento flutuavam entre pouco mais de 45% e menos de 60%, especialistas enfatizavam a importância de atingir os 70% de isolamento. Agora, por mais que a medida seja recomendada, o governo do Estado não trabalha com um índice como meta, apenas diz que as medidas da fase emergencial devem reduzir a circulação de pessoas e, consequentemente, a transmissão do vírus.
No primeiro dia de quarentena na Grande Vitória, o movimento nas ruas era menos intenso do que em dias normais, mas ainda sim era possível ver muitas pessoas circulando nos locais públicos. Comerciantes também insistiram em abrir lojas ou trabalhar com metade da porta aberta. Porém, o governo do Estado e os municípios prometem continuar fiscalizando o cumprimento das medidas restritivas até o fim do decreto.
Entenda os dados
Os dados da In Loco usam uma tecnologia que puxa, de forma automatizada, dados públicos gerados pelos celulares. Essas informações são usadas para direcionar publicidade: é o chamado Advertising ID, um número único que constantemente identifica os interesses dos usuários que navegam pelos serviços de plataformas como Google e Facebook. Ele serve para mostrar anúncios segmentados ou personalizados (os “anúncios com base em interesses”), que geram receita para os apps.
